MT registra maior queda de incêndios em 27 anos após investimento de R$ 125 milhões
Redação
AVANÇO
O governador Mauro Mendes afirmou que Mato Grosso alcançou, em 2025, a maior redução de incêndios florestais em quase três décadas. O resultado, segundo ele, reflete o planejamento iniciado no começo do ano e os R$ 125 milhões aplicados em ações de combate ao fogo e ao desmatamento.
Mendes destacou que, embora terras indígenas e áreas federais representem apenas 21% do território estadual, elas concentraram 51% dos incêndios registrados. Ainda assim, o Estado avançou significativamente no controle do fogo, ocupando agora a 16ª posição no ranking nacional de focos de calor — à frente de unidades federativas menores.
Ações de combate
O comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Flávio Glêdson, apresentou os números das operações realizadas durante o período proibitivo:
9.049 atendimentos, com tempo médio de resposta inferior a uma hora;
1,8 milhão de quilômetros percorridos em operações terrestres;
855 horas de voo e 5,4 milhões de litros de água lançados por aeronaves;
No Pantanal, 72% dos incêndios não ultrapassaram cinco hectares;
Em Poconé, 95% dos focos foram controlados logo nas primeiras 48 horas.
Glêdson também destacou o papel da parceria com produtores rurais, por meio do Sistema Integrado de Cadastro de Recursos para Apoio aos Incêndios Florestais (Sicraif), que reúne mais de 11 mil recursos cadastrados, como aeronaves, maquinários e brigadistas.
Fiscalização e responsabilização
Além do combate direto, o Corpo de Bombeiros e forças de segurança intensificaram as ações de fiscalização ambiental. As operações Infravermelho e Abafa inspecionaram cerca de mil hectares, resultando em 13 prisões por crimes ambientais e na aplicação de R$ 360 milhões em multas — o maior volume já registrado no Estado em penalidades relacionadas ao uso irregular do fogo.
Segundo o comandante-geral, o trabalho ostensivo foi decisivo para que Mato Grosso registrasse a maior queda de focos de calor em 27 anos.
Ação integrada
O secretário de Segurança Pública, coronel César Roveri, reforçou que o resultado é fruto da integração entre diferentes órgãos do governo e parceiros da iniciativa privada. A avaliação positiva foi compartilhada por representantes da Assembleia Legislativa, Ministério Público, Famato, Aprosoja e Defesa Civil, que participaram do balanço.
“Quando há alinhamento e decisões conjuntas, os resultados aparecem”, afirmou o deputado Carlos Avallone, presidente da Comissão de Meio Ambiente da ALMT.
Para o procurador-geral de Justiça, Rodrigo Fonseca, a redução expressiva comprova a eficácia do planejamento. “Uma queda de 70% a 80% é um resultado digno de elogios sob qualquer ótica”, disse.
O governo garantiu que seguirá fortalecendo as ações preventivas e a resposta rápida para manter os índices em queda nos próximos anos.