Abílio rebate críticas e afirma que alagamento são consequência de ocupações irregulares
Redação
Pedra 90
O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), voltou a responsabilizar construções irregulares pelas inundações ocorridas em áreas próximas a córregos no bairro Pedra 90, após as chuvas intensas dos últimos dias. Segundo ele, o município tem sido alvo de críticas injustas e não pode ser culpado por situações geradas, em grande parte, pela ocupação de áreas de risco.
Abílio destacou que muitas das moradias atingidas foram erguidas em locais onde a legislação proíbe qualquer tipo de construção, sobretudo nas margens de córregos. “As pessoas sabem que córrego não é lugar de construir. Aí vem a chuva, a água invade e dizem que a culpa é da Prefeitura”, afirmou.
O prefeito foi categórico ao dizer que a administração municipal não irá reassentar automaticamente famílias que vivem em áreas proibidas, pois isso estimularia novas invasões. Ele citou programas habitacionais em curso — como Lotes Urbanizados e Casa Cuiabana — e reforçou que a via correta é a inscrição e a seleção formal. “Não é invadir e depois esperar uma casa do poder público”, declarou.
Abílio também criticou a expectativa gerada por ocupações ilegais, especialmente quando há decisões judiciais de reintegração de posse. Ele ressaltou que a Defesa Civil atua constantemente para alertar moradores que vivem em risco, mas defendeu que a responsabilidade pela escolha de onde construir é, antes de tudo, das próprias famílias.
Questionado sobre supostas falhas na assistência às pessoas afetadas pelas chuvas, o prefeito afirmou que o município segue todos os protocolos possíveis dentro da legalidade. Ele lembrou ainda que Cuiabá possui grande quantidade de nascentes e córregos com comportamentos variados, o que exige respeito às áreas de preservação ambiental.
Abílio garantiu que a Prefeitura seguirá intensificando a fiscalização e reiterou que a política habitacional da capital continuará baseada em critérios técnicos e cadastro regular — não em ocupações irregulares que se tornam emergenciais durante o período de chuvas.