Mauro celebra avanço do Marco Anticrime e defende punições mais duras
Redação
Combate ao crime organizado
O governador Mauro Mendes (UB) elogiou a aprovação, pela Câmara dos Deputados, do Projeto de Lei Antifacção — também chamado de Marco Legal do Combate ao Crime Organizado. A proposta, aprovada nesta terça-feira (18) por ampla maioria (370 votos a 110), reforça o enfrentamento ao crime organizado ao ampliar penas, criar novos tipos penais e modificar a forma de destinação dos recursos provenientes de bens apreendidos.
Em entrevista à Rádio CBN, Mendes afirmou que a medida representa um avanço importante para o país e para estados que lidam diariamente com o crescimento das facções. Segundo ele, o endurecimento das punições é essencial para conter o aliciamento de jovens pelo crime.
“Precisamos de leis rigorosas para que as pessoas não vejam as facções como caminho. Quando um jovem entra para o crime, ele se depara com duas possibilidades: prisão ou morte. Essa é a realidade dura que enfrentamos”, comentou.
O governador destacou ainda que as novas regras atingem especialmente o alto escalão das organizações criminosas. “Com o projeto, líderes de facção podem pegar 40, 50, até 60 anos de prisão. Se virou líder, vai cumprir pena longa e provavelmente terminar a vida atrás das grades. Isso protege o cidadão de bem e desestimula a atuação dessas organizações”, afirmou.
Apesar de reconhecer o avanço, Mendes ponderou que a legislação brasileira ainda precisa evoluir. Ele tem sido voz ativa em debates sobre penas mais severas, incluindo prisão perpétua e endurecimento das medidas contra crimes graves.
Durante a entrevista, ressaltou que somente em 2025 as forças de segurança de Mato Grosso prenderam cerca de dois mil faccionados — mas muitos retornaram às ruas por conta do que classificou como “leis frouxas”.
Mendes reforçou que o Estado está preparado para ampliar a capacidade do sistema prisional sempre que necessário. “Se precisarmos construir mais presídios, vamos construir. O importante é garantir que quem escolhe o crime pague por isso e que a sociedade esteja protegida”, concluiu.