Disputa por sucessão na AGU movimenta bastidores em Brasília
Redação
Sucessão
A possível indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, para o Supremo Tribunal Federal (STF) abriu uma corrida silenciosa pela sucessão no comando da AGU. Embora o governo ainda trate o tema com cautela, ao menos sete nomes já circulam nos bastidores — entre eles, duas mulheres negras com forte atuação na advocacia pública.
O cargo é considerado estratégico por ser a linha de frente da defesa do governo nas ações judiciais, especialmente no STF. Segundo aliados de Lula, o presidente não pretende decidir sob pressão e poderá, mais uma vez, escolher alguém de fora da carreira, como fez em 2007 com a nomeação de Dias Toffoli.
Entre os nomes mais comentados estão as procuradoras Manuellita Hermes e Claudia Trindade, que já havia sido cotada para o posto em 2023. Também aparecem na disputa Adriana Venturini, Clarice Calixto, Anelize Almeida, Isadora Cartaxo e Fábio Roman.
A eventual escolha de uma mulher para a AGU poderia amenizar as críticas ao governo sobre a falta de representatividade feminina nas indicações ao STF — já que, entre as dez nomeações anteriores de Lula, apenas uma foi de mulher: a ministra Cármen Lúcia, em 2006.