Coronel Fernanda critica penas do STF e defende anistia a condenados de 8 de janeiro
Redação
DEFESA
A deputada federal Coronel Fernanda (PL) voltou a criticar o Supremo Tribunal Federal (STF) pelas condenações impostas aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Para a parlamentar, as penas aplicadas pela Corte são “absurdas” e revelam um tratamento desigual em relação a episódios de depredação cometidos por setores da esquerda.
“Houve uma extrapolação, não só no caso do Jair Bolsonaro, mas também nas prisões e nas penas aplicadas a muitas pessoas que estavam ali. Gente que não quebrou nada foi condenada a 14 anos. Uma mulher escreveu uma frase numa estátua — que depois foi lavada com água e sabão — e pegou 17 anos de prisão. Isso é um absurdo”, disse em entrevista ao MidiaNews.
A parlamentar ainda comparou os episódios de 8 de janeiro a outras manifestações. “A turma da esquerda já quebrou o Congresso e não tem nenhum condenado, então são dois pesos e duas medidas. O que a gente quer é que as medidas sejam aplicadas de forma justa, coerente, prática, e não do jeito que está”, afirmou.
Coronel Fernanda declarou que a pauta da anistia para os condenados de 8 de janeiro, assim como o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, são prioridades para a direita no Congresso. Segundo ela, o tema da anistia deve avançar após a votação da PEC do Foro Privilegiado, que extingue o benefício para parlamentares processados por crimes cometidos durante o mandato.
“As nossas ações estão sendo voltadas para isso [anistia e impeachment]. A direita está voltada para isso, é o clamor da população. As Casas [do Congresso] precisam entender esse clamor e alguma coisa precisa ser feita”, disse.
Em relação ao impeachment de Moraes, a deputada admitiu que o tema é de competência exclusiva do Senado, mas defendeu que os deputados continuem pressionando para que a proposta avance.
Além de mencionar o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Coronel Fernanda voltou a acusar o ministro Alexandre de Moraes de cometer abusos nas decisões relacionadas aos atos antidemocráticos de janeiro de 2023. Para ela, as punições são excessivas e configuram perseguição política.