Estados aumentam ICMS sobre combustíveis a partir de 2026
Redação
REAJUSTE
O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) publicou nesta segunda-feira (8) ato que autoriza o reajuste do ICMS sobre gasolina, diesel e gás de cozinha (GLP) a partir de 1º de janeiro de 2026. Será o segundo aumento consecutivo do imposto.
Reajustes definidos- Gasolina: sobe R$ 0,10 por litro (de R$ 1,47 para R$ 1,57); Diesel: sobe R$ 0,05 por litro (de R$ 1,12 para R$ 1,17); Gás de cozinha: sobe R$ 1,05 por botijão.
O Comitê Nacional de Secretários de Fazenda (Comsefaz) informou que os novos valores foram definidos com base na variação dos preços médios mensais apurados pela ANP entre fevereiro e agosto de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024. Segundo o órgão, o objetivo é manter a arrecadação estadual diante da inflação e da volatilidade dos preços.
O reajuste deve pressionar a inflação, já que gasolina e diesel têm efeito direto sobre o transporte de mercadorias e serviços. No caso do gás de cozinha, a alta deve impactar principalmente as famílias de baixa renda, que já destinam grande parte do orçamento à alimentação.
A medida reacende a discussão sobre o peso dos impostos nos combustíveis. Hoje, o ICMS representa uma parcela significativa do preço final pago pelos consumidores.
Desde 2023, a Petrobras deixou de adotar a política de paridade internacional (PPI), que vinculava os reajustes à cotação do petróleo e do dólar. Embora a nova estratégia tenha dado maior previsibilidade aos preços internos, a alta do ICMS deve reduzir parte desse alívio.