Nego Di é denunciado por estelionato e lavagem de dinheiro em investigação de rifas virtuais
Redação
Famosos
O humorista Dilson Alves da Silva Neto, o Nego Di, foi denunciado pelo Ministério Público por estelionato, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e contravenção penal em uma ação que investiga rifas virtuais ilegais no Rio Grande do Sul. Sua esposa, Gabriela Sousa, também foi denunciada.
Segundo o MPRS, o influenciador promoveu, por meio das redes sociais, “loterias em forma de rifas digitais entre novembro de 2022 e maio de 2024”. Em tais rifas, Nego Di distribuía prêmios em dinheiro e em bens. Foram mais de R$ 2,5 milhões lucrados com 300 mil transferências bancárias.
Nego Di foi denunciado, ainda, por ter promovido de forma fraudulenta a rifa de uma Porsche Macan e R$ 150 mil em dinheiro. O influenciador teria adquirido o número sorteado para si e anunciado um vencedor fictício em suas redes sociais. Ele também foi acusado de compartilhar um comprovante de PIX falso de uma suposta doação de R$ 1 milhão, direcionada às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. A doação verdadeira, no entanto, foi de R$ 100.
O lucro do casal, proveniente da lavagem de dinheiro, teria financiado a compra de veículos de luxo e imóveis na capital, na serra e no litoral gaúcho. A denúncia do MP foi encaminhada à Justiça e, se aceita, torna Dilson e Gabriela réus.
Prisão de Nego Di
Vale lembrar que o humorista já está preso preventivamente, desde 14 de julho, na investigação de outra ação. Em 2022, ele abriu uma loja com um sócio e vendeu produtos que nunca foram entregues. O prejuízo às vítimas é estimado pelas autoridades policiais em R$ 5 milhões.
A loja virtual de Nego Di operou entre 18 de março e 26 de julho de 2022. Depois disso, a Justiça determinou que ela fosse retirada do ar. O ex-“BBB” fazia a divulgação em seus perfis nas redes sociais dos produtos à venda, muitos deles com preços abaixo do de mercado – uma televisão de 65 polegadas, por exemplo, era vendida a R$ 2,1 mil.
A investigação aponta que ele enganou os clientes prometendo que as entregas seriam feitas, apesar de saber que não seriam, pois a loja não tinha estoque.
A Polícia Civil estima que o prejuízo dos 370 pessoas lesadas seja superior a R$ 330 mil, mas como as movimentações bancárias são milionárias, existe a suspeita de que o número de vítimas seja maior incluindo pessoas que não procuraram a polícia.
Fonte: IstoÉ Gente