Como nasce uma urna: problemas nas Eleições 1994 levaram à criação que modernizou o voto


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13/05/2024 às 09:03
Redação

Eleições

Há exatos 28 anos, em 13 de maio de 1996, o então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Carlos Velloso, enviava as primeiras urnas eletrônicas aos tribunais regionais eleitorais (TREs). O equipamento, inicialmente chamado de Coletor Eletrônico de Voto (CEV), estreou nas Eleições Municipais de 1996.

De lá para cá, são quase três décadas de inovação, eficiência e segurança de que o voto digitado corresponde à vontade da eleitora ou do eleitor. A urna eletrônica que conhecemos hoje representa a concretização de um esforço de moralização das eleições brasileiras, uma nobre missão confiada à Justiça Eleitoral no ato de sua fundação, em fevereiro de 1932.

A criação da urna eletrônica é uma história de mulheres e homens à frente do seu tempo, de união entre os Três Poderes da República em favor de um ideal comum e de incansáveis experimentos realizados em diversos estados do Brasil.

Ao longo desta semana, o TSE publicará a série “Como nasce uma urna”, que mostrará tudo que envolve a produção e o funcionamento da nossa máquina de votar – desde a concepção do hardware e do software até o dia da eleição.

No aniversário da urna eletrônica, comemorado nesta segunda-feira (13), convidamos você a viajar pelo tempo para conhecer os bastidores da criação deste produto genuinamente brasileiro, que eliminou as fraudes eleitorais características da votação em papel.

Protótipos de máquina de votar

Muita gente não sabe, mas a ideia de usar uma máquina para votar é antiga, nascida na época do primeiro Código Eleitoral, que também criou a Justiça Eleitoral. Entre outros avanços, o Decreto nº 21.076, de 1932, estabeleceu o anonimato da votação e instituiu o voto feminino. A idealização de um modelo eletrônico de votação teve início no mesmo período, mais precisamente entre os anos 1930 e 1950.

Em 1937, o Tribunal Superior de Justiça Eleitoral (TSJE) – como era chamado na época – analisou alguns equipamentos que poderiam ser usados para coletar o voto do eleitorado. Um deles, desenvolvido por uma empresa norte-americana, The Automatic Voting Machine, tinha um braço mecânico que marcava a opção escolhida pelo eleitoral e, no encerramento da votação, abria uma folha de metal na qual os votos eram registrados.

Em 1952, uma invenção brasileira chamada de Televoto foi apresentada à Corte. Apesar da promessa inédita de unir recursos presentes na televisão, no telefone e na máquina fotográfica, a ideia não prosperou, pois o radiografista responsável pelo protótipo jamais conseguiu desenvolvê-lo no nível esperado e o equipamento nunca foi usado em eleições.

Mais uma tentativa aconteceu em 1958, ano em que foi concebida a Máquina de Puntel. O aparelho funcionava por meio de teclas e de duas réguas que indicavam os cargos a serem preenchidos. Porém, por ter uma operação demasiadamente complexa, o equipamento acabou não sendo adotado no Brasil.

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