CDL pede ajuste gradual no IPTU de 2026 para aliviar impacto no comércio
Redação
Reescalonamento
A Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL Cuiabá) apresentou, nesta segunda-feira (22), à Prefeitura de Cuiabá, uma proposta que sugere o reescalonamento do reajuste do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) previsto para 2026. A iniciativa tem como objetivo reduzir os impactos financeiros enfrentados, principalmente, pelos comerciantes afetados pelas diversas obras em andamento na Capital.
A proposta defende a criação de um regime diferenciado para imóveis comerciais localizados em áreas diretamente influenciadas por intervenções como as obras do BRT, do Contorno Leste, de saneamento em diferentes vias da cidade e também do centro histórico, que passa por requalificação urbana e pela construção do novo Mercado Municipal.
Segundo a CDL Cuiabá, a aplicação integral do aumento do IPTU nessas regiões pode agravar ainda mais a situação de empreendedores que já enfrentam dificuldades operacionais severas. No documento protocolado, a entidade se coloca à disposição para colaborar com o Poder Público, fornecendo dados e relatórios que auxiliem na identificação precisa dos estabelecimentos efetivamente prejudicados pelas obras, garantindo justiça fiscal e direcionamento correto do benefício.
O presidente da CDL Cuiabá, Júnior Macagnam, destacou que os impactos negativos no comércio vêm sendo registrados ao longo de todo o ano de 2025. Uma pesquisa realizada pela entidade em janeiro apontou queda de 36% nas vendas dos estabelecimentos situados na avenida do CPA, em decorrência das obras do BRT.
“Desde então, as frentes de trabalho só aumentaram e devem continuar em 2026. Os setores de comércio e serviços, responsáveis por cerca de 70% da arrecadação, seguem sendo diretamente afetados. O que pedimos é sensibilidade. Essa medida mostraria compromisso com o desenvolvimento econômico sustentável e com o bem-estar social”, afirmou Macagnam.
O pedido da CDL também leva em conta a situação financeira da população em geral. A entidade alerta que um reajuste imediato e integral do imposto pode elevar ainda mais os índices de inadimplência, considerando que 44% da população economicamente ativa de Mato Grosso possui restrições de crédito registradas no SPC Brasil.