Hospital Central de MT é inaugurado e amplia atendimento de alta complexidade pelo SUS
Redação
SAÚDE PÚBLICA
O Governo de Mato Grosso inaugurou, nesta sexta-feira (19), o Hospital Central do Estado, uma das maiores estruturas hospitalares públicas voltadas à alta complexidade no atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O prédio, que permaneceu abandonado por 34 anos, teve as obras retomadas na atual gestão estadual.
O hospital começou a ser idealizado ainda no século passado, com a proposta de se tornar referência em traumatologia, ortopedia e atendimento de urgência e emergência em casos de trauma. No entanto, a construção foi interrompida em 1987, poucos anos após o início. Somente em 2019 o projeto foi completamente reformulado, com a retomada das obras no final de 2020.
Com o novo projeto, a estrutura foi significativamente ampliada, passando de 9 mil m² para 32 mil m² de área construída. A unidade contará com 287 leitos, sendo 188 destinados a adultos e 99 pediátricos. Desse total, 191 são leitos de enfermaria e 96 de cuidados intensivos, incluindo 60 leitos de UTI.
O Centro Cirúrgico dispõe de 10 salas cirúrgicas e uma sala híbrida equipada com hemodinâmica, permitindo a realização de procedimentos de alta complexidade. Entre as especialidades previstas estão cirurgia geral, cirurgia do aparelho digestivo, ortopedia, urologia, cirurgia oncológica, cirurgia vascular, cardiologia, neurocirurgia, hemodinâmica e cirurgia plástica reparadora.
De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, o Hospital Central funcionará como unidade de referência, com atendimento exclusivo por meio da regulação do sistema estadual. “Não é um hospital de portas abertas. Todos os pacientes que chegarão aqui serão regulados pelo nosso sistema”, ressaltou.
O início do atendimento aos primeiros pacientes está previsto para o dia 19 de janeiro. A gestão da unidade ficará a cargo do Hospital Israelita Albert Einstein, por meio de contrato no valor de R$ 34,9 milhões mensais.
Segundo o secretário, a estrutura já recebeu mais de 30 carretas de equipamentos e insumos. O processo de contratação de profissionais está em andamento e, quando estiver em pleno funcionamento, o hospital contará com cerca de 1.700 servidores e 350 médicos.
A ativação do Hospital Central será feita de forma gradual, em etapas mensais. No primeiro mês, o atendimento será iniciado nas áreas de urologia, cirurgia pediátrica e ortopedia. No segundo mês, entram em funcionamento a cirurgia geral e a cirurgia do aparelho digestivo, elevando a capacidade para aproximadamente 240 procedimentos mensais. No terceiro mês, serão incorporadas especialidades como ginecologia, mastologia, cirurgia vascular e cirurgia plástica reparadora. Já no quarto mês, a unidade alcança sua capacidade máxima, com o início das cirurgias neurológicas e cardiovasculares.
Quando estiver operando plenamente, o Hospital Central deve realizar cerca de 5.456 cirurgias por ano, consolidando-se como referência estadual em atendimento de alta complexidade pelo SUS.