Golpistas usam dados reais para aplicar cobranças em nome da Receita
Redação
Alerta
Criminosos estão utilizando nome, CPF e até endereços verdadeiros de contribuintes para criar cobranças falsas que simulam comunicações oficiais da Receita Federal. A prática, que tem se multiplicado em várias regiões do país, acendeu um alerta do órgão após diversos relatos em postos de atendimento.
As mensagens fraudulentas chegam por WhatsApp, SMS ou e-mail e sempre incluem um link que direciona o usuário para páginas que imitam o visual do Gov.br, reproduzindo cores, símbolos e até a diagramação oficial. Para tornar o golpe mais convincente, os estelionatários utilizam dados pessoais verdadeiros do contribuinte.
Receita reforça: não envia cobranças por mensagens
De acordo com a Receita Federal, qualquer dívida, notificação ou pendência só pode ser consultada no e-CAC (Centro Virtual de Atendimento), dentro do site oficial. O órgão não encaminha links externos, cobranças por aplicativos de mensagem nem boletos por e-mail.
Ao receber uma suposta cobrança fora dos canais oficiais, a orientação é ignorar o conteúdo e acessar o portal manualmente no navegador.
Como identificar o golpe
As páginas fraudulentas geralmente utilizam endereços que não pertencem ao domínio gov.br. Além disso, costumam apresentar sinais típicos de golpe, como:
- pedidos de pagamento urgente;
- ameaças de bloqueio de CPF ou contas bancárias;
- “descontos” para quem paga imediatamente.
Esse tipo de abordagem visa pressionar o usuário para que não confira a veracidade das informações.
Uso ilegal de dados reais preocupa autoridades
A Receita Federal destaca que os golpistas têm utilizado informações verdadeiras, obtidas por meio de vazamentos e bases de dados ilegais, para dar aparência de legitimidade às cobranças falsas. Esse detalhe tem confundido contribuintes e ampliado o alcance da fraude.
O que fazer ao receber uma cobrança suspeita
- Não clique em links enviados por WhatsApp, SMS, e-mail ou redes sociais.
- Consulte possíveis pendências diretamente no e-CAC.
- Desconfie de mensagens que contenham termos como “urgente”, “último aviso” ou “pague agora”.
- Ignore ameaças e ofertas de pagamento com desconto.
- Em caso de dúvida, busque esclarecimentos nos canais oficiais da Receita, sempre acessados manualmente.
A Receita reforça que a melhor defesa é a verificação direta no portal oficial e a recusa em acessar links enviados por terceiros.