Júlio aponta Flávio Bolsonaro e Tarcísio como chaves para unidade
Redação
Partido
O deputado Júlio Campos avaliou o atual cenário político nacional e afirmou que a direita brasileira vive um “ponto de virada”, em que decisões estratégicas precisam ser tomadas rapidamente para definir os rumos das eleições de 2026. Para ele, apesar dos erros e desencontros recentes, ainda há espaço para reorganização — desde que haja unidade em torno de um nome capaz de representar todo o campo conservador.
Campos destacou o senador Flávio Bolsonaro como uma figura essencial nesse processo de articulação. Segundo o deputado, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro possui musculatura política e trânsito suficiente para conduzir um entendimento interno. “Existe, sim, a possibilidade de reconstrução, desde que o Flávio consiga agregar e conduzir todos a uma decisão comum”, avaliou.
Ao falar sobre possíveis pré-candidatos, Campos mencionou lideranças de peso que já foram cogitadas: Tarcísio de Freitas (São Paulo), Romeu Zema (Minas Gerais), Ratinho Júnior (Paraná), Ronaldo Caiado (Goiás) e a senadora Tereza Cristina (PP-MS). Todos, segundo ele, têm relevância, mas enfrentam algum tipo de resistência dentro do próprio campo político.
No entanto, para Júlio Campos, um nome se destaca como opção natural de consenso: o do governador paulista Tarcísio de Freitas. “Ele é o único que transita bem entre todas as lideranças e não encontra dificuldade para unificar a direita”, afirmou, citando ainda o reconhecimento nacional pelo trabalho administrativo realizado em São Paulo.
O deputado ressaltou que a decisão precisa ocorrer dentro do calendário eleitoral. Tarcísio tem até 4 de abril — data-limite para desincompatibilização — para decidir se aceitará disputar a Presidência da República, caso seja escolhido como o candidato de consenso. “Se até março houver entendimento em torno do nome dele, caberá ao governador assumir essa responsabilidade. É uma missão complexa, mas necessária para quem deseja liderar o país”, concluiu.