Sérgio aponta falta de diálogo em VG e diz que disputa trava solução para o saneamento


10/12/2025 às 15:32
Redação

Falta de água

O presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), conselheiro Sérgio Ricardo, voltou a criticar publicamente, nesta quarta-feira (10), o clima de disputa política que envolve a gestão do saneamento básico em Várzea Grande. Segundo ele, a falta de entendimento entre a Prefeitura, comandada por Flávia Moretti (PL), e a Câmara Municipal tem impedido avanços concretos para resolver o problema histórico da falta d’água no município.

Durante entrevista na sede do TCE, Sérgio Ricardo afirmou que o debate sobre o saneamento tem sido contaminado por “politicagem”, dificultando decisões técnicas e urgentes.

“Eu converso com qualquer autoridade que queira dialogar, seja prefeito ou vereador. Mas é claro que existe politicagem. Antes de tudo, precisa haver entendimento”, destacou.

O conselheiro afirmou que a raiz da crise não está apenas na estrutura do Departamento de Água e Esgoto (DAE), mas na desarmonia institucional dentro do próprio município.

“Hoje, o grande problema de Várzea Grande é o desentendimento entre os poderes. Eu não preciso gostar de você, mas se você ocupa um cargo relevante, eu preciso dialogar com você. Tem que haver respeito”, reforçou.

A declaração ocorre dias após o próprio presidente do TCE recomendar ao governador Mauro Mendes (União) uma intervenção no DAE. Mauro negou a possibilidade, mas segundo Sérgio Ricardo, o governador tem condições — e disposição — para ajudar, caso o município supere suas divergências internas.

“Eu sugeri a intervenção porque o governo pode assumir e reorganizar o sistema. O Mauro disse que não sabe, que não é o momento, mas ele pode ajudar e quer ajudar. Só falta Várzea Grande se entender: Câmara, prefeita e vice-prefeito sentarem à mesa. Depois disso, é chamar o governador e resolver de vez”, afirmou.

Para o conselheiro, a concessão dos serviços é o único caminho para garantir abastecimento adequado à população.

“Tem que fazer concessão, como foi feita em Cuiabá. Sem concessão não tem água em Várzea Grande. Nunca houve concessão, e nunca houve água”, concluiu.

A disputa política, segundo Sérgio Ricardo, tem atrasado uma decisão que já deveria ser tratada como prioridade absoluta: garantir água e dignidade aos moradores da segunda maior cidade de Mato Grosso.

 

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