PC cumpre mandado durante operação nacional contra esquema de fraudes


04/12/2025 às 17:09
Redação

Apreensão

A Polícia Civil de Mato Grosso cumpriu, na manhã desta quinta-feira (4), um mandado de busca e apreensão em Rondonópolis como parte da Operação Castelo de Cartas, deflagrada pela Polícia Civil do Mato Grosso do Sul para desarticular um grupo criminoso especializado em fraudes financeiras. A ação ocorre simultaneamente em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo.

Em Rondonópolis, equipes da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) foram até um condomínio fechado no bairro Vila Planalto, onde o alvo — um homem de 30 anos — e a esposa, de 33, já haviam sido investigados anteriormente pela Polícia Federal. No local, os policiais apreenderam um notebook, um veículo Onix, três iPads, um monitor Asus, três celulares, 17 cartões bancários, R$ 1.850 em dinheiro, cheques, cadernos com anotações e diversos itens de alto valor, incluindo joias e um relógio com caixa da marca Rolex.

Segundo as investigações conduzidas pelo Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) do Mato Grosso do Sul, o grupo operava golpes envolvendo falsas “cartas de crédito contempladas” e negociações irregulares de veículos. Com apoio do laboratório de tecnologia contra lavagem de dinheiro (Lab-LD/Dracco), foi identificado prejuízo superior a R$ 1,5 milhão às vítimas.

A polícia também constatou que o núcleo criminoso mantinha ligação com investigados de Rondônia, alguns já alvo da Operação Carga Prensada, deflagrada pela Polícia Federal em 2021, que apurou crimes como tráfico de drogas, comércio ilegal de armas, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e exploração de jogos de azar. A movimentação de valores ilícitos era feita por meio de contas bancárias de terceiros, usadas para ocultar e dissimular a origem dos recursos.

Com foco no ressarcimento das vítimas, a Operação Castelo de Cartas busca o bloqueio e apreensão de bens, veículos e valores. A Justiça determinou o bloqueio de R$ 7,5 milhões dos investigados — montante cinco vezes superior ao prejuízo inicialmente identificado.

A ação integra a 3ª Operação Renorcrim, da Rede Nacional de Enfrentamento às Organizações Criminosas, coordenada pela Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública). As buscas contaram com apoio de unidades especializadas das polícias civis do DF, SP, RO, SC e MT.

O nome da operação faz referência à ilusão vivida pelas vítimas, que acreditavam estar adquirindo o próprio imóvel, mas acabaram enganadas por uma estrutura criminosa frágil e traiçoeira — como um castelo de cartas.

 

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