Mauro critica ineficiência do Estado e defende modelo de gestão baseado em resultados
Redação
Opinião
O governador Mauro Mendes voltou a defender mudanças estruturais na gestão pública brasileira ao participar, nesta quarta-feira (3/12), do Fórum LIDE, em Brasília. Durante o painel sobre segurança jurídica no agronegócio, ele afirmou que a ineficiência do Estado continua sendo um dos maiores obstáculos para o desenvolvimento do país.
Segundo o governador, o próprio Poder Público se mostra incapaz de aplicar com eficácia as leis que já existem, o que gera insegurança jurídica para empresas e cidadãos. Ele lembrou que o princípio da eficiência só foi incorporado à Constituição em 1998, uma década após sua promulgação.
“Mesmo depois que lembraram da eficiência, não houve sua aplicação de fato. Alguém aqui já viu alguém ser processado nesse país porque foi ineficiente? Nunca vimos. A ineficiência é a raiz dos principais problemas do país”, afirmou.
Mendes citou exemplos práticos desse cenário, como a lentidão na implementação do Código Florestal, aprovado há mais de dez anos. Ele ressaltou que o Cadastro Ambiental Rural (CAR), essencial para a expansão segura do agronegócio, ainda está longe de alcançar plena aplicação.
“O CAR continua travado por ineficiência do poder público. Estamos há anos falando de inteligência artificial, mas não conseguimos resolver questões básicas como a regularização fundiária, que deveria estar equacionada há décadas”, criticou.
O governador também destacou que Mato Grosso tem adotado medidas que comprovam ser possível construir uma administração pública mais eficiente. Entre elas, os programas de incentivo baseados em desempenho, como o bônus para profissionais da Educação — agora em expansão para a Segurança Pública e outras áreas — e as premiações para servidores que apresentem práticas inovadoras.
“Com ações como essas, Mato Grosso saiu da Série C para entrar na Série A dos estados brasileiros, alcançando recordes de investimentos e avançando em todas as áreas para melhorar a vida do cidadão”, finalizou Mendes.