Maggi diz que disputa ao governo de MT em 2026 permanece aberta e pode ter novos candidatos
Redação
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O ex-governador e ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP) avalia que o cenário eleitoral de Mato Grosso para 2026 ainda está longe de uma definição. Embora o debate público tenha se concentrado nas articulações do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) e do senador Wellington Fagundes (PL) — considerados hoje os nomes mais fortes no campo da direita e do bolsonarismo — Maggi acredita que a disputa ainda pode surpreender.
Para ele, assim como ocorreu no passado, novos atores podem surgir e reorganizar a disputa. “Sempre existe espaço para outros nomes. Quando analisamos a política estadual, precisamos lembrar de 2022: eu entrei no processo sem estar no jogo inicialmente. Surgiu um fato novo, impulsionado pelo desejo de mudança. Isso pode acontecer de novo”, afirma.
Nos bastidores, chegou-se a especular que Blairo teria pressionado o governador Mauro Mendes (União Brasil) a antecipar sua posição sobre a sucessão. O ex-governador nega qualquer cobrança direta, mas admite que a definição de um rumo é essencial para dar velocidade ao processo eleitoral.
“Não houve pressão para que o Mauro anunciasse algo. Desde o início da gestão dele, fala-se que o Pivetta seria o substituto natural. O que houve foi apenas a confirmação: ‘é isso mesmo?’ É! Então é preciso assumir e colocar a campanha para rodar, porque, se demorar, pode perder vantagem”, disse.
Historicamente próximo de Otaviano Pivetta — que integra o núcleo do governo desde 2019 — Blairo aponta que o vice-governador reúne condições naturais para herdar o comando do grupo político liderado por Mauro Mendes. Mesmo assim, ressalta que nada está consolidado.
Segundo ele, somente quando alianças forem costuradas, apoios se firmarem e o cenário nacional estiver mais claro será possível visualizar com precisão quais nomes realmente permanecerão na corrida. Até lá, a disputa segue aberta.