Diego Guimarães defende reprovação das contas de Emanuel Pinheiro
Redação
FISCALIZAÇÃO
O deputado estadual Diego Guimarães (Republicanos) voltou a defender que as contas do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (PSD), relativas ao exercício de 2024, sejam reprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) e, posteriormente, pela Câmara Municipal de Cuiabá. Segundo o parlamentar, a rejeição seria fundamental para impedir que o ex-mandatário volte a disputar eleições.
O processo começou a ser analisado nesta semana pelo TCE-MT. O relator, conselheiro José Carlos Novelli, indicou graves falhas na gestão fiscal do último ano de Emanuel frente à prefeitura, chegando a recomendar a rejeição das contas. Entre os principais pontos levantados aparece um déficit superior a R$ 800 milhões. A análise, entretanto, foi temporariamente interrompida após pedido de vista do conselheiro Valter Albano.
Após a conclusão do julgamento no Tribunal, o parecer seguirá para a Câmara Municipal, responsável pela decisão final. Caso os vereadores confirmem a irregularidade, Emanuel pode ficar inelegível por até oito anos, conforme previsto na legislação eleitoral.
Para Diego Guimarães, os números expostos confirmam que a última gestão deixou impacto financeiro profundo em Cuiabá. Ele sustenta que o passivo acumulado pode ser próximo de R$ 2 bilhões e cita, como exemplo, o não cumprimento do índice mínimo de 25% destinado à Educação, que, segundo ele, teria sido reduzido para cerca de 19%.
“Os valores mostram o tamanho do estrago. Esse desequilíbrio compromete serviços básicos e a vida das pessoas. Não podemos tratar esses atos como se fossem banais”, afirmou.
O parlamentar também afirmou que o atual prefeito, Abilio Brunini (PL), encara dificuldades justamente por ter herdado obrigações financeiras da gestão anterior. Para ele, enquanto os problemas são administrados, Emanuel tenta se manter ativo no debate público.
“Enquanto a cidade paga a conta, o ex-prefeito aparece nas redes como se estivesse tudo certo. A Câmara tem responsabilidade e deve agir com seriedade diante do parecer técnico. Cuiabá não pode repetir os mesmos erros”, concluiu.