Governo alerta para alto custo de reajuste do Judiciário
Redação
POSICIONAMENTO
O secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (União), afirmou nesta quinta-feira (30) que o reajuste de 6,8% proposto aos servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso pode gerar um impacto de até R$ 1,6 bilhão nas contas públicas. O projeto, que ainda tramita na Assembleia Legislativa, é alvo de preocupação do Executivo por causa do aumento das despesas com pessoal.
Segundo Garcia, o valor atualmente repassado aos Poderes por meio dos duodécimos já é insuficiente para cobrir os gastos, o que obriga o governo a fazer suplementações todos os anos. “Se há necessidade de suplementar, é porque o valor previsto não cobre as despesas. Esse recurso é do povo de Mato Grosso, não do governo ou do Tribunal de Justiça”, pontuou.
O secretário ressaltou que a média salarial dos servidores do Judiciário é de R$ 22 mil, e destacou a importância de equilibrar as contas públicas de modo que toda a população seja beneficiada. “Quantas pessoas ganham isso por mês? O cidadão comum também precisa de saúde e serviços públicos de qualidade”, disse.
Garcia afirmou que o governo mantém diálogo com os deputados estaduais, mas defendeu cautela e responsabilidade fiscal na análise da proposta. Ele reiterou que a arrecadação estadual não tem vinculação automática com o aumento dos repasses aos Poderes.
O posicionamento segue a orientação do governador Mauro Mendes (União), que tem pedido à base aliada na Assembleia Legislativa que vote contra o reajuste.