Mt registra aumento de casos e mortes por meningite e acende alerta para baixa vacinação
Redação
ALERTA
A meningite voltou a preocupar as autoridades de saúde em Mato Grosso. Desde o início de 2025, o estado já registrou 49 casos confirmados e oito mortes, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES). Entre os óbitos, três foram causados pela forma bacteriana — a mais grave da doença — com vítimas em Cuiabá, Várzea Grande e Confresa. Outros 17 casos ainda estão sob investigação.
A principal preocupação é a baixa cobertura vacinal, que atinge apenas 70% da população, bem abaixo da meta de 95% definida pelo Ministério da Saúde. A meningite bacteriana é considerada de alto risco por evoluir rapidamente e causar sequelas graves ou até a morte. “A vacinação é a principal forma de prevenção. A meningite tipo C, a mais comum no Brasil, pode ser evitada com uma vacina que reduz em até 85% o risco de casos graves e óbitos”, explicou a pediatra Letícia Santiago.
Além da vacina meningocócica, outras como a pneumocócica e a hexavalente também ajudam na proteção contra agentes causadores da meningite e devem estar atualizadas no calendário vacinal, especialmente em crianças e adolescentes.
Segundo a SES, os menores índices de vacinação estão em Indiavaí (47,37%), São Pedro da Cipa (42,86%), General Carneiro (41,54%), Ponte Branca (40%) e Araguainha (37,5%).
Essas cidades enfrentam problemas de acesso à informação, infraestrutura precária e dificuldades logísticas, o que compromete a imunização e aumenta o risco de disseminação da doença.
Apesar dos números preocupantes, a SES reforça que não há surto ativo em Mato Grosso, mas alerta para a necessidade de reforçar a vigilância e intensificar campanhas de vacinação para evitar novos casos e mortes.