Brasil registra leve queda no rebanho bovino, mas mantém segundo maior efetivo da história
Redação
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O rebanho bovino brasileiro encolheu 0,2% em 2024, totalizando 238,2 milhões de cabeças, segundo dados da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), divulgada pelo IBGE. Apesar da redução, este é o segundo maior efetivo já registrado desde o início da série histórica em 1974. O número de animais ainda supera em 12,04% a população do País, estimada em 212,6 milhões de habitantes no ano passado.
A queda foi atribuída ao ciclo natural da pecuária, conforme explicou Mariana Oliveira, analista da PPM. O elevado abate de fêmeas, estimulado pelos preços do bezerro e da arroba, reduziu a retenção de matrizes para reprodução, o que impactou o tamanho do rebanho.
Entre os municípios, São Félix do Xingu (PA) segue líder com 2,5 milhões de cabeças, representando 1,1% do rebanho nacional. Na sequência aparecem Corumbá (MS), Porto Velho (RO), Cáceres (MT) e Marabá (PA), que juntos concentram 3,9% do efetivo brasileiro.
Produção de leite em alta
Apesar da redução de vacas ordenhadas — 15,1 milhões, o menor número desde 1979 —, a produção de leite atingiu recorde em 2024, alcançando 35,7 bilhões de litros, um aumento de 1,4% frente ao ano anterior.
Avicultura em expansão
O setor avícola também cresceu. O efetivo de galináceos atingiu 1,6 bilhão de cabeças, alta de 1,7%, enquanto o número de galinhas chegou a 277,5 milhões, aumento de 6,8%. O abate de frangos registrou novo recorde, com crescimento de 2,7% em volume.
A Região Sul mantém a liderança nacional desde 1983, reunindo 47,3% do plantel, com destaque para o Paraná, responsável por 28,8% do total. Entre os municípios, Santa Maria de Jetibá (ES) lidera com 14,9 milhões de galinhas, reforçando sua posição desde 2015.
Pecuária e avicultura em destaque
Enquanto a pecuária bovina enfrenta ajustes no ciclo produtivo, a avicultura continua em franca expansão, confirmando a relevância do Brasil como um dos maiores produtores de proteína animal do mundo.