Comissão de Ética aguarda provas da Justiça para julgar vereadores investigados por corrupção
Redação
INVESTIGAÇÃO
O processo de cassação dos vereadores Chico 2000 (PL) e Sargento Joelson (PSB), investigados por corrupção na Operação Perfídia, só terá andamento na Câmara Municipal de Cuiabá após o compartilhamento oficial de provas pela Justiça. A confirmação foi feita pelo presidente da Comissão de Ética, Eduardo Magalhães (Republicanos).
Os parlamentares foram afastados em abril por decisão judicial que os proibiu de frequentar o Legislativo por 180 dias. Eles são acusados de cobrar propina de uma empreiteira para aprovar projetos de interesse da empresa. “Solicitamos as provas à juíza do caso, mas ainda não houve resposta. Não podemos agir com base em matérias de imprensa ou prints de sites. Precisamos de segurança jurídica”, afirmou Magalhães.
O vereador lembrou que, em caso anterior, a Câmara foi condenada a pagar quase R$ 1 milhão de indenização após cassar um parlamentar sem provas concretas.
Segundo a Deccor, Chico 2000 e Joelson teriam pedido dinheiro a um funcionário da empreiteira responsável pelas obras do Contorno Leste, em troca da aprovação de uma matéria legislativa que liberou pagamentos do município em 2023.
No início de setembro, após mais de 120 dias de afastamento, o Tribunal de Justiça revogou a medida cautelar alegando excesso de prazo e risco de caracterizar condenação antecipada.