Cattani e Edna disputam protagonismo em comissão sobre feminicídio na ALMT


10/09/2025 às 15:05
Redação

COMBATE À VIOLÊNCIA

O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) afirmou nesta quarta-feira (10) que seu requerimento para criação de uma Comissão Especial sobre feminicídio tem legitimidade e deve ter preferência na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). O parlamentar enfrenta um embate direto com a deputada Edna Sampaio (PT), que também protocolou pedido semelhante.

Inicialmente, Edna havia sugerido a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar casos de feminicídio. No entanto, alguns deputados que apoiavam a proposta retiraram suas assinaturas, o que abriu espaço para a negociação pela criação de uma Comissão Especial. Nesse cenário, Cattani foi o primeiro a apresentar o requerimento, seguido posteriormente pela petista, cujo pedido acabou sendo votado horas depois.

Cattani sustenta que o regimento interno da ALMT garante prioridade à sua solicitação. “O regimento disse que quem apresentou o primeiro requerimento tem a prerrogativa e não deveria nem ser apresentado segundo ou votado, mas foi [votado]. Por isso foi para a Procuradoria. Nós apresentamos o primeiro requerimento, ele foi aprovado e vai ter que ter o vigor dele, porque está no regimento interno da Casa”, argumentou.

Nos corredores da Assembleia, o parlamentar também rebateu comentários de que teria se apropriado da proposta de Edna. Questionado sobre a motivação de sua iniciativa, Cattani foi direto ao mencionar o assassinato da filha, Raquel Maziero Cattani, ocorrido em 2024. “Raquel Maziero Cattani, só isso que tenho a dizer”, respondeu.

Raquel foi assassinada a facadas em um sítio no assentamento onde vivia, em Nova Mutum. O crime teria sido encomendado pelo ex-marido dela, Rodrigo Xavier, com execução atribuída ao irmão dele, Romero Xavier, que respondem judicialmente pelo caso.

Diante do conflito entre os dois requerimentos, o impasse foi encaminhado à Procuradoria da ALMT, que deverá emitir parecer jurídico. O presidente da Casa, Max Russi (PSB), ficará responsável por dar a palavra final. Paralelamente, alguns deputados defendem a unificação das propostas, como forma de encerrar a disputa e garantir que o tema seja tratado de forma conjunta, apesar das divergências ideológicas entre os autores.

 

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