Produtor de Santo Antônio conquista 3º lugar em prêmio nacional de queijo artesanal
Redação
Reconhecimento
A produção de queijo artesanal de Mato Grosso foi destaque nacional com a conquista do terceiro lugar no Prêmio CNA Brasil Artesanal 2025, promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O reconhecimento foi para o produtor Jackson Marques Pacheco, da Fazenda Campo Alegre, localizada em Santo Antônio de Leverger, a 34 km de Cuiabá.
O produtor mato-grossense brilhou na categoria “Queijo com Tratamento Térmico”, que premiou os melhores queijos artesanais do Brasil com base em critérios como sabor, textura, apresentação e inovação. A cerimônia de premiação ocorreu em 22 de julho, em Brasília (DF), com a participação de 15 finalistas divididos em três categorias distintas: queijo tradicional, queijo com tratamento térmico e queijo com adição de ingredientes.
Jackson Pacheco comemorou a conquista como uma virada de chave em sua trajetória. Com apenas três anos de atuação no setor de lácteos, ele vê o reconhecimento como uma vitrine para o potencial da produção artesanal em Mato Grosso.
“Concorrer com os grandes nomes da queijaria brasileira e levar essa medalha mostra que o nosso estado tem qualidade e tradição a oferecer”, celebrou.
Além dos certificados, os três primeiros colocados de cada categoria receberam premiação em dinheiro e o Selo de Participação Ouro, Prata ou Bronze, símbolo de excelência na produção artesanal. Jackson já havia se destacado também no VIII Prêmio Queijo Brasil, realizado em Blumenau (SC), onde conquistou medalhas de prata e bronze.
Atualmente, a produção mensal da Fazenda Campo Alegre gira em torno de 500 kg, com planos ambiciosos de ampliar para até 9 mil quilos por mês nos próximos três anos. Os queijos são vendidos principalmente em Cuiabá e Várzea Grande, com forte aceitação no mercado local.
Esse crescimento foi viabilizado, em grande parte, graças ao apoio técnico da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM). Por meio do Núcleo Susaf, a AMM ofereceu consultoria técnica, orientações sobre rotulagem, adequação sanitária e projeto da queijaria. Como resultado, a fazenda obteve o registro SIAPP 01, pioneiro no estado, que autoriza a comercialização dos produtos em todo o território mato-grossense.
Segundo Nathacha de Carvalho, gerente de Apoio à Agricultura Familiar da AMM, a premiação representa um avanço estratégico. “A valorização da produção artesanal fortalece a economia rural, promove a geração de renda e incentiva a regularização do setor”, pontuou.
Jackson reconhece a importância da parceria: “O suporte técnico da AMM foi fundamental para que conseguíssemos alcançar esse patamar. Desde o início, nos ajudaram a transformar um sonho em um negócio sólido e premiado”.
O reconhecimento nacional confirma não apenas a qualidade do queijo mato-grossense, mas também a força de um setor que une tradição, inovação e desenvolvimento local.