Vereador declara guerra aos flanelinhas e critica cobrança dupla nas ruas
Redação
PROJETO
Nos bastidores do Legislativo cuiabano, um embate tem ganhado força: o vereador Tenente Coronel Dias (Cidadania) resolveu bater de frente com a atuação dos flanelinhas na capital. Em projeto apresentado à Câmara Municipal, ele quer proibir definitivamente a prática nas ruas da cidade — apontando o que chama de “extorsão disfarçada” praticada contra motoristas.
“Tem gente pagando por medo. Medo de ver o carro arranhado, furtado ou de ser ameaçado. É intimidação, não prestação de serviço”, disparou Dias, em tom de indignação.
A proposta também não poupa críticas ao contrato com a CS Mobi, empresa responsável pelo estacionamento rotativo na capital. “O cidadão paga pro flanelinha e paga pra CS Mobi. Nenhum assume responsabilidade por nada. E a conta fica pro contribuinte”, reforçou o vereador, ao chamar o contrato com a empresa de “perverso”.
O parlamentar ainda alertou para a ausência de fiscalização e para o perfil de vulnerabilidade social dos que atuam como flanelinhas — muitos em situação de rua ou com dependência química. Para ele, o caminho é investir em reinserção social e oferecer ocupações dignas, como apoio em serviços urbanos.
“Não quero flanelinha e não quero CS Mobi. Quero segurança pública atuando, quero política séria pra quem precisa trabalhar e dignidade pra quem estaciona”, concluiu.
Agora, a proposta segue para análise na Câmara. Nos corredores, o debate promete esquentar. Afinal, mexer com o bolso — seja do cidadão ou das empresas — costuma causar barulho.