Irregularidades em consignações de servidores levam deputado a sugerir comissão de acompanhamento na ALMT
Redação
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Diante da gravidade das denúncias envolvendo irregularidades em descontos de créditos consignados de servidores públicos estaduais, o deputado Júlio Campos (União) sugeriu, nesta quarta-feira (21), que a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) acompanhe o caso mais de perto. O parlamentar cogita a criação de uma comissão especial ou o envolvimento direto da Comissão de Trabalho e Administração Pública para acompanhar os desdobramentos da investigação conduzida pelo Governo do Estado.
“Talvez fosse o caso de nós, deputados, também, por meio da Comissão de Trabalho aqui da Assembleia, acompanharmos mais de perto ou até criarmos uma comissão especial para analisar isso”, afirmou Júlio Campos à imprensa.
Na última terça-feira (20), o Executivo estadual publicou um decreto criando uma força-tarefa para apurar as possíveis irregularidades praticadas por empresas consignatárias conveniadas ao Estado. O objetivo é evitar prejuízos financeiros aos servidores e garantir eventual ressarcimento por parte das instituições envolvidas.
As suspeitas surgiram em setembro do ano passado, quando o Sindicato dos Profissionais da Área Meio do Poder Executivo (Sinpaig-MT) apresentou denúncia à Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag). Inicialmente, os apontamentos envolviam apenas a empresa Capital Consig, mas, desde então, se estenderam a outras 38 instituições financeiras.
Relatos de servidores ativos, inativos, aposentados e pensionistas apontam descontos abusivos, valores inconsistentes e falta de transparência sobre parcelas e prazos de pagamento. Júlio Campos ressaltou que os rumores sobre essas práticas já circulam há bastante tempo e que até o benefício MTCard, gerido pela autarquia Desenvolve MT, pode estar envolvido nas irregularidades, motivo pelo qual também deve ser incluído nas investigações.