Quem não deve, não teme": Chico 2000 reage a operação e diz estar tranquilo
Carolina Miranda
DEFESA
Após ter o gabinete vasculhado pela Polícia Civil nesta terça-feira (29), o vereador Chico 2000 (PL) se manifestou sobre a operação que levou ao seu afastamento e ao do vereador Sargento Joelson (PSB), por determinação judicial. Em declaração à imprensa, Chico afirmou estar tranquilo e que vai colaborar com a Justiça.
"Quem não deve, não teme. Estou tranquilo. Já dei procuração ao meu advogado, Dr. Alaerte, que vai acessar os autos do inquérito e, a partir daí, vamos apresentar a defesa. Não posso expor muitos detalhes, pois o caso corre em segredo de Justiça e a decisão judicial deve ser cumprida", disse.
Chico explicou que, em 2023, a Prefeitura de Cuiabá enviou à Câmara uma mensagem pedindo autorização para parcelar dívidas previdenciárias e com a Receita Federal, sob risco de perder repasses do Governo Federal. "Na época, o projeto foi aprovado por 20 votos. Era uma medida para que a gestão voltasse a receber recursos e pudesse funcionar normalmente", afirmou.
Segundo o vereador, a suspeita é de que uma empresa teria sido beneficiada com apoio político, e que ele teria ajudado a intermediar o pagamento. "Mas o que eu tenho com isso? Eu não sou prefeito, não sou eu quem paga as contas da prefeitura. A mensagem passou por todas as comissões da Casa. Quero entender onde é que eu entro nessa história", questionou.
Chico contou que foi notificado às 6h da manhã e entregou seu celular — inclusive a senha — às autoridades. "Foram até meu gabinete, mas não apreenderam nada. Todos os documentos já estão com meus advogados. Já estive pessoalmente no Ministério Público prestando esclarecimentos."
Por fim, ele reforçou que está confiante: "Tudo será desmistificado. Quebrem meu sigilo bancário, façam o que for preciso. O que não pode é viver de especulação sem provas. Sempre tratei todos os vereadores com igualdade, e continuo disposto a responder tudo que for necessário".