História se repete: Prefeitura de Cuiabá não paga médicos e situação pode deflagrar greve no HMC
Fabio Luz
Cuiabá
Médicos do HMC estão sem receber há três meses, relatam caos na UTI e podem entrar em greve a partir da paralisação dos leitos
Médicos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal de Cuiabá visam a formação de uma greve por falta de pagamento da prefeitura de Cuiabá, através da Empresa Cuiabana de Saúde, que não honra o contrato com a terceirizada Med Wuicik, responsável pela contratação da equipe médica plantonista e pelo gerenciamento dos leitos da UTI, de prestação de serviço ao HMC, há 3 meses, completados agora ao final de setembro.
Segundo informações de uma médica plantonista da UTI, que preferiu não se identificar, os leitos da UTI, que estão sob a responsabilidade da terceirizada, estão todos bloqueados já devido a esse atraso como uma forma de protesto e não receberão mais nenhum paciente. “O HMC está um caos e tem muita internação”, diz a médica. É uma maneira de chamar a atenção das autoridades municipais para que honrem o mais rápido possível com o salário dos médicos. Uma possível greve pode ser deflagrada em vista dessa paralisação que já se iniciou no HMC.
Este imbróglio da prefeitura e seus respectivos atrasos para o repasse das terceirizadas não é novidade. O problema se arrasta há meses e corre-se um risco de uma paralisação geral do sistema de saúde de Cuiabá. A fragilidade da gestão financeira do município cuiabano vai de mal a pior na atual gestão e põe em risco a vida de muitos internados.
A equipe do Noveen tentou entrar em contato com a gestora da Med Wuicik para maiores esclarecimentos e detalhes da situação do HMC e em que pé está a atual etapa da negociação dos contratos com a prefeitura, mas ninguém atendeu até o momento.
Até o fechamento desta matéria não conseguimos contato com a assessoria do HMC.