Confusão e expulsão de Marçal marca novo debate entre candidatos à prefeitura de SP
Redação
Eleições
O oitavo debate entre os candidatos à prefeitura de São Paulo, realizado pelo Grupo Flow na noite de segunda-feira, 23 de setembro, terminou em tumulto após uma confusão envolvendo o candidato Pablo Marçal (PRTB).
O ex-coach foi expulso nos momentos finais após discutir com o mediador Carlos Tramontina, e o marqueteiro de Ricardo Nunes (MDB), Duda Lima, acabou agredido por um integrante da equipe de Marçal.
Nos últimos segundos do programa, Marçal acabou retirado do estúdio ao insistir em usar o termo “bananinha” para se referir ao prefeito Ricardo Nunes.
A regra do debate proibia o uso de apelidos pejorativos. Marçal, que havia mantido um tom moderado até então, também afirmou que prenderia o prefeito caso fosse eleito, mencionando investigações relacionadas à máfia das creches.
Desse modo, a expulsão do candidato desencadeou uma série de eventos que culminaram na agressão a Duda Lima.
Agressão no estúdio
Logo após a retirada de Marçal, um corre-corre tomou conta do estúdio. Nahuel Medina, assessor de Marçal, tentou filmar a cena da expulsão.
Duda Lima, marqueteiro de Nunes, pediu licença para Medina, mas foi surpreendido por um soco. “Ele ficou sangrando, com o rosto pingando sangue no chão”, relatou Leandro Narloch, chefe de comunicação de Marina Helena, que também estava presente.
Em seguida, Guilherme Boulos confirmou aos apresentadores que a agressão partiu de um assessor de Marçal. O clima tenso do debate refletiu o acirramento da disputa eleitoral em São Paulo.
Marçal se defende
Na saída do estúdio, Pablo Marçal se manifestou sobre o incidente: “Ele (Duda) avançou, agrediu o integrante da minha equipe e ele na reação acabou desferindo um soco contra ele. Infelizmente, as pessoas estão sem esse equilíbrio emocional na nossa sociedade.”
Pablo Marçal ainda afirmou que o enfermeiro de sua equipe prestou os primeiros socorros a Duda Lima e que Nahuel Medina estava prestando depoimento à polícia.
Marina Helena, candidata à prefeitura, pediu a prisão do assessor de Marçal e lamentou a confusão. “Uma agressão física como essa é inaceitável”, afirmou.
Tabata Amaral, também candidata, criticou Pablo: “Tenho certeza que amanhã só vão falar no soco, não vão falar em propostas.”
Boulos também se posicionou, chamando Marçal de “boi de piranha” e afirmando que sua atitude desviou a atenção dos problemas da gestão de Ricardo Nunes.