Apesar de essencial, diagnóstico de Alzheimer no início é um desafio


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28/07/2023 às 09:07
Metrópoles

Saúde

As pesquisas sobre o Alzheimer têm caminhado a passos rápidos nos últimos anos. Estudos clínicos mostram os benefícios de novos medicamentos para retardar a progressão do declínio cognitivo em pacientes em estágio inicial, mas o diagnóstico nesta fase ainda é um desafio.

Alzheimer é o tipo mais comum de demência. Estima-se que a doença comece a se desenvolver cerca de 20 a 30 anos antes de os pacientes apresentarem os primeiros sintomas. Por isso, assim como a diabetes, acredita-se que milhões de pessoas em todo o mundo convivam com o Alzheimer sem saber.

Quando os sintomas aparecem, ainda há uma série de fatores que podem atrasar o diagnóstico, incluindo o reconhecimento deles pelo próprio paciente e familiares e a negação do problema.

Muitas vezes o indivíduo não acha que está com um quadro grave o suficiente para procurar um médico, ou elenca diversas outras razões para explicar os sinais da doença. Assim, deixa de identificar a demência em um momento ideal para o tratamento.

Outro entrave ao diagnóstico precoce é a falta de acesso aos exames específicos, que ainda têm custo muito elevado.

De acordo com o médico André Ferreira, chefe da neurologia do Hospital de Base do Distrito Federal, as opções de exames diagnósticos para a identificação desses biomarcadores incluem o PET Amiloide, usado para estimar a densidade da placa beta-amiloide no cérebro, a punção lombar e um tipo específico de exame de sangue. Todos, com custo elevado.

“Estamos vivendo uma revolução do diagnóstico da demência do tipo Alzheimer pela pesquisa de biomarcadores sugestivos da doença, mas a gente ainda tem um problema com o custo. O PET Amiloide não é feito no Brasil e o exame de sangue custa cerca de R$ 5 mil”, afirma o neurologista.

A ciência ainda procura entender as causas do Alzheimer. Acredita-se que a doença esteja relacionada ao acúmulo das proteínas beta-amiloide e da tau, responsáveis pela inflamação, desorganização e destruição das células do cérebro.

Sintomas iniciais

Ainda não existe uma cura para o Alzheimer, mas o diagnóstico precoce e o início do tratamento médico podem melhorar a qualidade de vida das pessoas que convivem com a doença.

Em geral, os primeiros sinais são identificados com queimas cognitivas, incluindo a perda da memória para fatos recentes – esquecer onde deixou objetos ou o que comeu no café da manhã, por exemplo – e questões comportamentais, como insônia, alteração do padrão do caminhar e perda de peso inexplicável para alguns pacientes.

“De forma geral, o diagnóstico por sintomas não é tão simples porque é difícil de serem percebidos pelos próprios pacientes e família, já que são muito leves”, considera Ferreira.

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