Júlio Campos fala sobre as queimadas do pantanal mato-grossense
26/06/2024 às 10:31
Fabio Luz
Pantanal
Fabio Luz
Pantanal
Julio Campos diz que é preciso que as autoridades respeitem e ouçam mais os pantaneiros para que administrem melhor a situação das queimadas, não só agora no controle destas, como para evitá-las em situações pósteras
Hoje, quarta-feira (26), na ALMT, o deputado estadual, Julio Campos (União), falou sobre as queimadas que tem assolado dia e noite o pantanal mato-grossense e sinaliza que, embora em Mato Grosso a situação seja menos atemorizante que o do estado vizinho do sul, é preciso agir rápido e respeitar sobretudo o conhecimento de causa do pantaneiro que lá reside e tem experiência no assunto.
"Entre o pantanal do Mato Grosso e do Mato Grosso Sul, pior está no Sul, que já está com uma onda de incêndio muito grande, principalmente Corumbá, que há mais de 15 ou 20 dias já não tem nem mais ar para respirar porque o fogo tomou conta de toda a região pantaneira lá vizinha Corumbá", diz Julio.
"E nós temos alguns focos de incêndio aqui no norte, no pantanal do Norte, no nosso Pantanal do Mato Grosso, mas ainda está mais ou menos sob controle. Por exemplo, eu sou proprietário de um fazenda no pantanal, e a fazenda no município de Barão de Melgaço. Lá já vemos muitas fumaças, mas mais do lado de Corumbá do que do lado do Mato Grosso", complementa o deputado.
Julio Campos explica que a falta de gado tem contribuído para essa situação alarmante. "Não tem mais gado no Pantanal. Há mais de 20 anos não tem uma política de incentivo junto aos Bancos do Brasil ou BNDES, aos bancos públicos ou privados, para o financiamento dos produtores rurais do Pantanal adquirir novas matrizes, começar a produzir. Lá virou apenas algumas pousadas e, mesmo assim, agora são quase algumas decadentes. Então, quer dizer, sem uma população de gado naquela região, a situação ficará cada vez mais complicada. Quando se abandona aquele patrimônio, o que vai ocorrer é isso. Não há dinheiro que chegue para preservar", explica Campos.
"Então a SEMA, o Corpo de Bombeiro, o governo de Mato Grosso, precavidos já fizeram a operação do Pantanal; já estão com uma equipe completa, contrataram brigadeiristas e já convocaram os produtores. Os proprietários também estão lá para trabalhar em conjunto e eu acredito que se nós agilizamos com rapidez isso e teremos menos dificuldade do que teve o Pantanal do Mato Grosso do Sul", finaliza.
