Três a cada quatro professores enfrentam desafios com a tecnologia; como isso afeta o ensino dos jovens?


06/05/2024 às 11:26
Redação

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A tecnologia desempenha um papel importante nas escolas, seja nos recursos visuais em sala de aula ou no material de apoio dos alunos. No entanto, 75% dos professores afirmam que sentem falta de um curso de formação sobre o uso das ferramentas para utilizá-las, segundo dados de 2023 do levantamento “TIC Educação”, realizado pelo Cetic BR. Garantir o uso de tecnologias no ensino e o aprendizado dos professores para lidar com esses mecanismos ajuda não só a desempenharem um trabalho mais ágil e didático, mas principalmente a guiar os alunos nessa conectividade.

“Ambos os lados precisam ter um contato acessível e um aprendizado proveitoso com a tecnologia. Aliada às ferramentas digitais, a educação eleva seu potencial de chegar a mais pessoas, capacitando jovens e adultos a lidar com a transformação digital, que vai auxiliá-los a desenvolver habilidades sociais e profissionais indispensáveis”, comenta Henrique Nóbrega, diretor fundador da Ctrl+Play, escola de programação e robótica para crianças e adolescentes. 

O especialista reforça que é preciso encontrar novos meios e formatos de incentivar a inventividade e a renovação na educação do futuro, que ajudará a formar jovens e a capacitar professores. A dificuldade na formação desses educadores para lidar com a tecnologia pode impactar a habilidade de ensinar aos jovens e de eles aprenderem.

A prova da relevância do uso de ferramentas digitais na prática pedagógica está no fato de que 75% dos professores de Ensino Fundamental e Médio de escolas em áreas urbanas disseram recorrer a tecnologias para realizar aulas expositivas. Além disso, 72% a utilizam para solicitar a realização de exercícios, 78% para fazer pesquisas e 45% para trabalhar jogos educativos com os alunos. Os dados são do mesmo estudo da Cetic BR, realizado entre outubro de 2022 e maio de 2023 com alunos, professores e gestores.

Contudo, não é só a falta de capacitação dos professores que afeta esse cenário; muitos podem saber executar as ferramentas, mas não conseguem adotá-las no ensino por falta de acesso a computadores para seu uso ou dos alunos, segundo 84% dos professores. “Não é uma tarefa fácil, pois muitas vezes existem outras questões envolvidas, inclusive financeiras, que impedem o avanço das soluções; mas as escolas precisam estudar mais a fundo sobre como a tecnologia pode fazer a diferença no aprendizado dos educadores e no futuro dos jovens e, assim, encontrar meios de se organizar para fazer isso acontecer”, comenta Henrique.

Além de facilitar o dia a dia dos professores com as aulas, permitindo o seu uso para as atividades de ensino e de aprendizagem, a tecnologia também ajuda na resolução de problemas, desenvolvimento de habilidades e do pensamento computacional dos pequenos. Aulas voltadas mais diretamente a programação e robótica, educação maker, iniciativas de computação desplugada (atividades de computação sem uso de um equipamento), por exemplo, estimulam o protagonismo, criatividade, raciocínio lógico e autoconfiança dos jovens.

Escolas podem oferecer essas oportunidades por meio de parcerias com escolas de programação e robótica; aulas extracurriculares; laboratórios de informática; e torneios de tecnologia, ciências e matemática. “Proporcionar essa chance coloca os alunos um passo mais perto da sua formação como humanos e profissionais exemplares, bem como capacitar e incentivar o professor no estudo e adesão de tecnologias em sala de aula ajuda a entregarem um ensino de qualidade. Assim, todos aprendem juntos sobre a transformação digital”, comenta o diretor da Ctrl+Play.

Um ponto importante no debate de tecnologia nas escolas é que os docentes são a fonte ideal para que crianças e adolescentes tenham uma relação saudável e segura com a tecnologia; então, é primordial que eles tenham, sim, familiaridade com os recursos disponíveis. Na grande maioria das vezes, eles são o primeiro contato com o mundo exterior e seus recursos.

O estudo da Cetic evidencia o efeito disso: para 44% dos alunos usuários de Internet, os professores ou educadores da escola eram fontes de informação sobre o uso de tecnologias digitais. Os alunos afirmaram que seus professores explicaram como criar e usar senhas de forma segura, sobre privacidade na Internet e como identificar notícias verdadeiras.

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