Entenda o que é a técnica de congelamento de óvulos feita por Juliette
Divulgação
Redação
Saúde
Na segunda-feira (11/3), a cantora Juliette contou em suas redes sociais que passou por um procedimento para congelar óvulos. “Vou ficar sumidinha um tempinho. Hoje é dia de fazer a coleta, o procedimento de tirar os óvulos”, disse.
A artista tem 34 anos e afirmou que optou pelo procedimento para poder engravidar futuramente. Ela afirma que quer ter a liberdade de poder gestar quando achar que é a hora e não ficar refém do relógio biológico. Após os 40 anos, a mulher só tem 20% das chances que tinha até os 30 de gestar naturalmente.
O que é o congelamento de óvulos?
O congelamento de óvulos foi desenvolvido no final dos anos 1980, mas era considerado um procedimento experimental até 2012. Com a queda de preço nos últimos anos, mais mulheres têm recorrido ao procedimento para fazer a fertilização in vitro (FiV) no futuro e engravidar de forma saudável quando quiserem, sem os riscos de complicação que vêm com a idade.
“Recomendamos que a consulta com um especialista em reprodução seja feita antes dos 30 anos de idade, para que se faça uma avaliação da reserva ovariana. Na maioria das vezes, as pacientes já chegam na clínica com mais de 35 anos, quando já houve uma perda muito acentuada de óvulos, o que dificulta o procedimento”, explica a ginecologista Larissa Matsumoto, especialista em reprodução do Fertgroup.
Como é feito o congelamento de óvulos?
O congelamento de óvulos é parte de um processo que pode ser divido em quatro etapas. Confira o que é feito em cada uma delas:
1. Estimulação: na primeira fase, a mulher usa injeções hormonais para estimular a liberação de mais óvulos no mesmo ciclo menstrual e o crescimento de folículos para que todos eles sejam amadurecidos e ganhem potencial reprodutivo.
O uso dos hormônios de gonadotrofina deve ser receitado por um especialista. As mulheres podem sentir efeitos colaterais como dores de cabeça, inchaço abdominal e alterações de humor, entre outros sintomas. As injeções são administradas por até 10 dias.
2. Coleta: o procedimento leva cerca de 30 minutos. A paciente é anestesiada e os óvulos são retirados dos folículos de forma não-invasiva. Ainda assim, algumas mulheres podem sentir cólicas por até dois dias após a coleta.
3. Congelamento: em laboratório, os óvulos são avaliados e apenas os maduros e saudáveis seguem para o processo de congelamento. Eles são colocados em nitrogênio líquido a -196 °C e podem ser mantidos por até 50 anos.
4. Descongelamento e fertilização: os óvulos podem ser usados tanto pela doadora quanto por alguém indicado por ela. Em laboratório, os óvulos são descongelados e fecundados pelo espermatozoide, e os embriões são implantados no útero já fecundados.
“Não é 100% de certeza que a paciente vai conseguir engravidar. Por isso, o ideal é congelar no mínimo 15 óvulos para ter uma margem de tentativas”, explica Larissa.
Juliette dividiu com seus seguidores que o procedimento foi tranquilo, apesar de causar náuseas. “Você fica meio enjoada por conta da anestesia e com um pouco de cólica porque mexe muito. Já fui medicada, vou descansar um pouquinho, mais tarde volto. Daqui a pouco, vida normal”, completou a ex-BBB.
Fonte: Metrópoles
