Gordura abdominal pode aumentar o risco de Alzheimer.


 - Foto: Divulgação
28/02/2024 às 10:11
Redação

Entenda!

O acúmulo de gordura abdominal já foi relacionado a vários problemas de saúde, como o risco de doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e problemas nas articulações.

Um estudo publicado na revista Obesity, nessa terça-feira (27/2), mostra que as pessoas de meia-idade com histórico familiar de Alzheimer e maior quantidade de gordura nos órgãos abdominais tinham maior tendência a apresentar mudanças no volume cerebral e declínio da função cognitiva.

De acordo com os autores do estudo – pesquisadores da Universidade de Rutgers, nos Estados Unidos – a associação seria ainda maior para os homens do que para as mulheres.

Relação entre gordura abdominal e Alzheimer

O estudo foi conduzido com 204 voluntários de meia-idade saudáveis, filhos de pacientes com Alzheimer. Os pesquisadores analisaram a concentração de gordura no pâncreas, fígado e abdômen a partir de exames de ressonância magnética. Os voluntários também passaram por testes de avaliação cognitiva.

“Em homens de meia-idade com alto risco de doença de Alzheimer – mas não em mulheres – maior gordura pancreática foi associada a menor cognição e volumes cerebrais, sugerindo uma potencial ligação específica do sexo entre gordura abdominal distinta e saúde cerebral”, detalhou o pesquisador Michal Schnaider Beeri, principal autor do estudo.

A equipe desconsiderou a medida convencional do índice de massa corporal (IMC) como principal medida de avaliação de riscos relacionados à obesidade. Eles defendem que a medida não leva em consideração a distribuição da gordura corporal.

“Os depósitos de gordura abdominal, em vez do IMC, devem ser avaliados como um fator de risco para menor funcionamento cognitivo e maior risco de demência”, escreveram no trabalho.

De acordo com o cientista, os resultados da pesquisa destacam a importância de investigar as relações entre os depósitos de gordura, o envelhecimento cerebral e a cognição. Eles também abrem novas possibilidades de estudos sobre abordagens específicas para o sexo masculino para evitar o impacto da gordura abdominal na saúde do cérebro.

“Nossas descobertas indicam correlações mais fortes em comparação com as relações entre o IMC e a cognição, sugerindo que os depósitos de gordura abdominal, e não o IMC, são um fator de risco para menor funcionamento cognitivo e maior risco de demência”, afirma o cientista Sapir Golan Shekhtman, que também participou do trabalho.

 

Fonte: Metrópoles

0 comentários


Deixe um comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados *


Veja mais:


  • Geral - Vera Fischer celebra aniversário de 33 anos do filho Gabriel
  • Brasil - Turismo estabelece novas regras para diárias, check-in e serviços de hotéis
  • Mato Grosso - Alerta laranja coloca Cuiabá e região em atenção para chuvas fortes e intensas
  • Política - Estado antecipa recursos para acelerar entrega de estações do BRT entre Cuiabá e VG
  • Política MT - Virginia diz que ainda avalia candidatura e evita cravar disputa em 2026
  • Política MT - Câmara aprova semana educativa contra uso de cerol e linha chilena nas escolas
  • Política Brasil - Mauro alerta para desequilíbrio orçamentário e critica avanço das emendas
  • Política MT - Projeto amplia proteção a filhos de vítimas de violência na rede municipal de ensino
  • Mato Grosso - Rompimento de adutora interdita trecho da Rua 13 de Junho
  • Brasil - Redação do Enem 2025 aborda proteção à infância e trabalho precoce