“Maratona Macp” traz mais arte e cultura na UFMT
Redação
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Eventos culturais e artísticos celebram 50 anos do Museu
Que a artes e a cultura estão sempre em movimento não temos dúvidas, e nesse sentido de fruição, a Pró-reitoria de Cultura, Extensão e Vivência (Procev), da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) dá início às comemorações dos 50 anos de trajetória do Museu de Arte e Cultura Popular (Macp). Na esteira dessa extensa programação da “Maratona Macp” para 2024, iniciada na última sexta-feira (19), a exposição “Traduzindo Deusas”, de Adriano Figueiredo, marca caminhos e avanços nas artes visuais do Estado.
Na solenidade de abertura dessa agenda celebrativa, o reitor da UFMT destacou o significado da Maratona Macp. “Neste cinquentenário, o museu proporcionou a possibilidade de mostras, de práticas e saberes populares da Baixada Cuiabana. Mais que isso: promoveu e promove a formação de estudantes, professores e técnicos da UFMT em relação à cultura e arte para além da ciência”.
Para o pró-reitor de Cultura, Extensão e Vivência, maestro Fabrício Carvalho, o “Maratona Macp” destaca a importância do museu, inaugurado em janeiro de 1974. “Há de falarmos dos pioneiros com grandes nomes como Aline Figueiredo, Humberto Espíndola e Dalva de Barros. Nesse início de ano a ideia é termos o envolvimento forte da comunidade nas atividades, como as oficinas desta sexta-feira com Paty Wolff, e Caio Augusto Ribeiro. Cabe falarmos que “Traduzindo Deusas” é marco para a Instituição sobre ter 12 obras com tradução em Libras, e também audiodescrição”, disse citando a cooperação do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI) da UFMT.
O pró-reitor falou ainda que nesse período irão dialogar com artistas que desejam expor no Museu. “E juntamente com a nova curadoria do Macp que iremos instalar que irá nos auxiliar nesse processo tão primoroso, e construção coletiva dessa agenda comemorativa. A importância do Macp se confunde com a da UFMT, visto que iniciam quase no mesmo ano. E os pioneiros já sinalizavam a relevância dessas áreas no mesmo patamar da educação formal”, disse, falando ainda sobre o ingresso da artes e cultura no cotidiano acadêmico e social, da valorização do regional.
Caminhos, interfaces e novos diálogos
Com cerca de quatro meses de exposição, "Traduzindo Deusas", de Adriano Figueiredo, cuiabano, que sentindo falta de referências de contos e lendas do cenário cultural local, idealizou com equipe essa ação, que marca a trajetória do Macp. “Começamos a pensá-la em 2017, e no ano passado a UFMT nos abriu as portas para torná-la realidade. Fico feliz por estar expondo na Universidade, pela primeira vez”, disse.
Adriano Figueiredo destacou ainda a relevância do Macp para arte popular. “E por saber que venho da periferia com esse projeto que nasce na intenção do pai inspirar suas filhas, “Traduzindo Deusas” de toda forma culmina num grande movimento cultural. Foi uma celebração da cultura mato-grossense, como momentos de shows, gravações, cenário de filmes, ensaios fotográficos, mais de 20 entrevistas, e muitos estudantes de escolas públicas, inclusive a minha escola de formação”, ressaltou.
Ainda sobre o Macp para a sociedade mato-grossense, o artista conta que o grande legado que a exposição deixa é reforçar o que o Museu de arte e cultura popular revela. “Imagino o Macp como uma grande avenida, pronta, pavimentada, e agora é momento de criarmos esquinas, mas becos, passarelas, para que se torne cada vez mais acessível para a periferia e todo Mato Grosso”, finalizou citando como desdobramentos a produção do catálogo virtual e a obra “Botu e o Rodamoinho na Garganta”, de Caio Ribeiro, que ganha sua versão livro.
O projeto Maratona Macp traz nos próximos meses outras exposições, oficinas, bate-papos, itinerância e valorização do acervo integram o planejamento do projeto que visa tornar a experiência museal possível, buscando romper as paredes e muros da UFMT para se conectar ainda mais com toda a população do Estado. Acesse o Instagram da Procev e do Macp.