Também somos 'família brasileira': mães reivindicam direitos dos filhos LGBTQIA+


09/06/2023 às 16:09
Junho

A tradicional bandeira do arco-íris, símbolo da comunidade LGBTQIA+, dará lugar à bandeira do Brasil na abertura da 27ª Parada do Orgulho LGBT+ de SP, no domingo, 11. Ativistas da ONG Mães pela Diversidade desfilarão vestidas de verde, amarelo, azul e branco, ao som da bateria da escola de samba Vai-Vai, a partir das 9h30, para reivindicar direitos dos filhos LGBTs.

Majú Giorgi, 53, explica que o objetivo dessa mobilização é mostrar que as famílias da diversidade também são famílias brasileiras. Com um colar de São Bento pendurado no pescoço e brincos de arco-íris preso às orelhas, a presidente da ONG, grupo de apoio aos familiares de pessoas LGBTQIA+, conta que é mãe de um filho gay e também é católica. "Somos Mães pela Diversidade, somos família brasileira", resume o mote da campanha. 

"Nós fazemos um pouco do que o poder público não faz: combater o preconceito para que nossas famílias não sejam destruídas", afirma Majú.

E a ativista já encarou o risco de perder o filho Diego Giorgi, hoje com 36 anos. Ele ainda estudava quando sofreu bullying dos colegas. Já adulto, foi agredido e perseguido, junto com o parceiro, durante um passeio na Praia de Pipa, Rio Grande do Norte. Diego também foi agredido por cinco homens na Avenida Paulista, em São Paulo, ennquanto esperava um carro de aplicativo. 

Malú Giorgi é presidente e fundadora da organização

O medo e luto unem as famílias assistidas pela ONG, desde 2008, em mais de 15 estados brasileiros. Histórias de mulheres com filhos que sofreram agressões físicas ou psicológicas, com Majú, e até casos de suicídio, são comuns entre as famílias que entram em contato.

No ano passado, cerca de 256 LGBTQIA+ foram assassinados ou cometeram suicídio a cada 34 horas no Brasil. O levantamento feito pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) foi elaborado com base em notícias publicadas ao longo de 2022.

Mães conhecem impacto da LGBTfobia

Um dos principais objetivos das Mães pela Diversidade é mostrar como a LGBTfobia pode ser destrutiva para toda a família. E a Parada do Orgulho LGBTQIA+, ressalta Majú, se contrapõe à vergonha imposta pela sociedade ao apoiar um membro da família por sua orientação sexual ou identidade de gênero.

"Nossa luta é de amor. Nós não temos que ter vergonha de nos levantar para proteger as crianças". 

Para garantir essa proteção, a organização é dividida em várias frentes, separadas em grupos de trabalho. Conforme novas pessoas vão entrando no grupo, novas estruturas são formadas.

Organização reúne familiares de pessoas LGBTQIA+

Fonte: Terra

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