Paula Calil diz que venda de férias é de interesse público


18/12/2025 às 14:36
Redação

Pacote

A presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, vereadora Paula Calil, afirmou que o conjunto de medidas em discussão no Legislativo não cria novos privilégios para os parlamentares, mas apenas amplia regras que já existem. Segundo ela, a possibilidade de venda de férias pelos vereadores não é novidade, apenas passa a ser estendida para um período maior.

A proposta, anunciada nesta semana, permite que os parlamentares convertam em indenização os 30 dias de férias a que têm direito, o que pode elevar os rendimentos mensais para até R$ 90 mil no período em que o benefício for solicitado. Caso todos os vereadores optem pela venda integral das férias, o impacto anual estimado pode chegar a cerca de R$ 700 mil.

Em entrevista concedida nesta quinta-feira (18), Paula Calil explicou que, atualmente, os vereadores já podem vender até 10 dias de férias. Com a mudança, a indenização poderá abranger todo o período. Para ela, a medida busca corrigir uma situação recorrente dentro da Casa.

“Não estamos criando nada novo. A Câmara funciona o ano inteiro, com sessões, comissões e atividades administrativas. Muitas vezes, os vereadores não conseguem usufruir integralmente dos dias de descanso, e isso acaba se acumulando”, afirmou.

A presidente lembrou ainda que, embora existam dois recessos regimentais — em julho e entre dezembro e janeiro —, o trabalho parlamentar não é totalmente interrompido. De acordo com ela, mesmo fora das sessões ordinárias, as comissões seguem ativas e, em situações excepcionais, sessões extraordinárias podem ser convocadas.

Paula Calil reforçou que a manutenção dos vereadores em atividade contínua atende ao interesse público, ainda que isso represente um custo maior para os cofres públicos. Segundo ela, a proposta também traz previsibilidade financeira, já que administrações anteriores precisaram arcar, ao final dos mandatos, com indenizações referentes a férias não gozadas.

A vereadora destacou ainda que a autorização para vender os 30 dias não obriga todos os parlamentares a aderirem ao benefício integralmente. Cada vereador poderá optar por vender parte das férias e usufruir do restante.

Remuneração atual

Atualmente, cada vereador de Cuiabá recebe salário base de R$ 26 mil, além de R$ 26,4 mil de verba indenizatória, R$ 9,1 mil de gratificação por desempenho e R$ 3,1 mil de auxílio-saúde. A soma mensal chega a R$ 64,6 mil por parlamentar, resultando em um custo anual aproximado de R$ 839,8 mil por gabinete. Com a venda integral das férias, o valor bruto mensal pode ultrapassar R$ 90 mil no período em que a indenização for paga.

0 comentários


Deixe um comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados *


Veja mais:


  • Geral - Thaís Vasconcellos diz que perda de 80 kg do casal foi motivada pela família
  • Mato Grosso - Falta de pagamento leva à suspensão da coleta de lixo em VG
  • Geral - Aline Campos vive aventura em caverna na República Dominicana
  • Pelando - Bruna Griphao aproveita praia no Rio e mostra boa forma nas redes
  • Brasil - Saúde orienta vacinação de gestantes contra vírus que causa bronquiolite em bebês
  • Mato Grosso - Justiça mantém penhora de imóvel de R$ 7,5 milhões de filho de Carlos Bezerra
  • Geral - Marina Ruy Barbosa relembra tentativa frustrada de ir à balada ao homenagear amiga
  • Política MT - Avallone articula reforços e mira ampliar bancada do PSDB em Mato Grosso
  • Política Brasil - Natasha Slhessarenko se coloca como nome do campo progressista ao governo de MT
  • Pelando - Giulia Costa compartilha cliques de biquíni e celebra fase