Ranalli defende Flávio Bolsonaro e alerta para risco da direita perder en SP
Redação
Eleições 2026
O vereador Rafael Ranalli (PL) avalia que a estratégia mais segura para a direita nas eleições de 2026 passa por dois movimentos centrais: manter o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como candidato à Presidência da República e preservar o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) na disputa pela reeleição em São Paulo. Na visão do parlamentar, a direita atravessa um momento de fragilidade após a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro e hoje se encontra dividida entre a família Bolsonaro e o grupo ligado ao ex-ministro paulista.
Ranalli considera arriscada a possibilidade de Tarcísio entrar na corrida presidencial. Para ele, uma eventual derrota para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) significaria não apenas perder a eleição nacional, mas também abrir caminho para que São Paulo volte às mãos da esquerda ou do centro, com a possível candidatura de Geraldo Alckmin (PSB), atual vice-presidente. Nesse cenário, a direita acabaria derrotada em duas frentes estratégicas.
O vereador também demonstrou preocupação com rumores de articulações envolvendo partidos do centrão, que estariam pressionando a ala bolsonarista a recuar da candidatura de Flávio Bolsonaro em troca de apoio a pautas no Senado, como o projeto da dosimetria das penas relacionadas aos atos de 8 de janeiro. Caso essa movimentação se confirme, Ranalli entende que seria um sinal de que Tarcísio estaria excessivamente alinhado ao sistema político tradicional.
Segundo ele, a postura do governador paulista até agora não demonstrou entusiasmo ou firmeza em defesa da candidatura de Flávio, o que reforça a percepção de que Tarcísio poderia se tornar um nome de consenso do centrão. Ainda assim, Ranalli pondera que, mesmo em uma eventual vitória presidencial, Tarcísio dificilmente romperia com Jair Bolsonaro e sua família.
Para o vereador, a trajetória política do governador de São Paulo está diretamente ligada ao ex-presidente. “Tarcísio só chegou onde está por causa do Bolsonaro”, avalia Ranalli, que acredita existir uma dívida política e moral que impediria qualquer afastamento futuro.