Buzetti critica Lula por ampliar terras indígenas e diz que decisão foi política
Redação
OPINIÃO
A senadora Margarete Buzetti afirmou que o presidente Lula (PT) tomou uma decisão “intencional e política” ao assinar a demarcação e a ampliação de novas terras indígenas durante a COP30. Para ela, o ato representa desrespeito ao Congresso, ao país e especialmente a Mato Grosso.
“Ele sabia exatamente o que estava fazendo. Não foi induzido ao erro. Foi uma escolha política que desrespeita o Brasil, o Congresso e o nosso Mato Grosso”, declarou.
A crítica ocorre em meio ao embate entre o Governo Federal e o Parlamento sobre o marco temporal. Buzetti lembrou que a lei, aprovada por deputados e senadores e posteriormente mantida após derrubada dos vetos presidenciais, está em vigor — o que, segundo ela, torna injustificável a postura do governo. “Se existe lei, por que ele decide não cumprir?”, questionou.
A senadora também condenou o fato de que as medidas foram anunciadas em um evento internacional, alegando que o governo ignora os impactos sobre estados produtivos, municípios e cadeias econômicas. Para ela, a ampliação de terras indígenas traz insegurança jurídica e risco social.
“Demarcação reconhece ocupações tradicionais; ampliação interfere no presente, derruba famílias e desestrutura setores inteiros”, afirmou.
Margarete acusou Lula de agir sem diálogo, apesar do discurso de conciliação. Ela também afirma que o presidente mantém postura eleitoral desde o início do mandato, recorrendo a decretos e medidas provisórias para contornar o Legislativo.
Por fim, disse que a assinatura durante a COP30 teve caráter simbólico: “Foi para o mundo ver. Agora cabe à Justiça decidir para o Brasil viver. Estarei ao lado dos mato-grossenses aguardando o que a lei determinar”.