PL reage à prisão de Bolsonaro e articula anistia ampla para atos de 8 de Janeiro
Redação
ANISTIA
A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, no último sábado (22), provocou uma reação imediata do PL no Congresso. A sigla iniciou uma mobilização para tentar aprovar, ainda nesta semana, um projeto de anistia geral aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de Janeiro.
Na segunda-feira (24), lideranças do partido — incluindo os filhos do ex-presidente, Carlos, Flávio e Jair Renan — decidiram que a anistia será a prioridade absoluta da bancada. A estratégia é pressionar a Câmara após a reunião de líderes desta terça-feira (25) e tentar levar diretamente ao plenário o texto original de Marcelo Crivella (Republicanos-RJ), que propõe perdão irrestrito aos condenados.
O partido afirma que não aceitará versões alternativas ou propostas que incluam dosimetria de penas.
“Nosso compromisso é com a anistia, não com dosimetria”, declarou o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Ele disse ainda que o PL pretende usar todas as ferramentas regimentais para forçar a votação do projeto original, sem alterações.
O relator da proposta, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), já indicou que não pretende incluir o perdão geral em seu parecer — o que aumenta a tensão dentro da Câmara. Mesmo assim, o PL afirma que não apresentará um novo texto, apostando na pressão política e em manobras regimentais para tentar aprovar a versão de Crivella.
A ofensiva ocorre em meio ao agravamento da situação jurídica de Bolsonaro, que além do processo do golpe, segue detido após violar as regras da prisão domiciliar e levantar suspeitas de tentativa de fuga.