Mauro diz que consórcio e ex-prefeito atrasaram entrega do BRT


24/11/2025 às 12:06
Redação

OPINIÃO

O governador Mauro Mendes (União) voltou a responsabilizar o ex-prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PSD), e o consórcio contratado para as obras do BRT pelos atrasos na implantação do modal de transporte na Grande Cuiabá. Segundo ele, se não fossem os entraves criados durante as etapas do projeto, o sistema já poderia estar concluído.

Questionado sobre a possibilidade de entregar a obra até o fim de seu mandato, Mendes afirmou que o cronograma foi prejudicado ainda no início dos trabalhos. “Eu gostaria muito de ter terminado essa obra, mas vocês se lembram que o prefeito Emanuel travou a construção por um ano e meio. Ele entrava na Justiça, não deixava executar. Foram confusões que atrasaram tudo”, declarou, em entrevista à Rádio CBN Cuiabá.

De acordo com a Secretaria de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso (Sinfra-MT), o trecho entre a Avenida do CPA e Várzea Grande tem previsão de ser concluído até 15 de fevereiro de 2026. Outras frentes devem ser iniciadas em diferentes pontos da Capital, mas ainda sem data definida para término.

Além do impasse jurídico com o Município, Mendes disse que a execução também foi prejudicada pelo desempenho insatisfatório do consórcio vencedor da licitação. “Encontramos um consórcio que ganhou, mas performou muito mal. Apertamos, cobramos, mas chegou um momento em que não teve mais jeito. Tivemos que rescindir o contrato”, afirmou. O rompimento ocorreu em fevereiro deste ano após reiterados descumprimentos de prazos contratuais.

A troca do modal — do VLT para o BRT — também gerou embates políticos entre o Governo do Estado e a Prefeitura de Cuiabá. Emanuel alegou não ter sido consultado sobre a mudança e ingressou com ações que chegaram a paralisar o início dos trabalhos. Com isso, as obras só começaram efetivamente em janeiro de 2024, mesmo previstas para 2023.

Embora não garanta que o sistema completo será entregue até o fim de sua gestão, Mendes assegurou que deixará recursos e a execução em andamento para que o próximo governador finalize o projeto. Ele classificou como normal a continuidade de obras em governos diferentes.

“Não vou deixar obras paradas. Vou deixar tudo em andamento e com dinheiro em caixa. Governo não é um bloco que começa e termina em um mandato. Algumas obras levam dois, três anos. O importante é que elas não parem”, concluiu.

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