PL deixa Wellington Fagundes fora da corrida de 2026
Redação
ELEIÇÕES
A movimentação política rumo às eleições de 2026 ganhou novos contornos em Mato Grosso. Segundo a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, a direção nacional do PL já bateu o martelo e decidiu qual nome irá apoiar para a disputa ao Governo do Estado, e não será o do próprio partido.
A publicação desta quinta-feira (20) revela que Jair Bolsonaro e o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, fecharam apoio ao vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), deixando em segundo plano o senador Wellington Fagundes (PL), que vinha percorrendo o estado em pré-campanha pela sigla.
A escolha acompanha o movimento do governador Mauro Mendes (União Brasil), que trabalha para fazer de Pivetta seu sucessor. O bom desempenho de Mendes perante o eleitorado pesou na decisão da cúpula liberal. De acordo com a coluna, o PL avalia que o chefe do Executivo deve conseguir transferir parte significativa do seu capital político ao aliado, o que colocaria Pivetta em posição privilegiada na disputa.
O texto ainda destaca que Pivetta deve assumir o comando do Palácio Paiaguás em abril de 2026, quando Mendes deixará o cargo para tentar uma vaga no Senado, projeto que também conta com o apoio declarado de Bolsonaro.
O outro nome bolsonarista na corrida ao Senado por Mato Grosso é o deputado federal José Medeiros (PL).
Internamente, porém, Mauro Mendes enfrenta resistências no próprio União Brasil. O senador Jayme Campos insiste em manter sua pré-candidatura ao governo e afirma ter respaldo de 64 prefeitos e de cerca de 80% dos vereadores da sigla. Ele rejeita qualquer tentativa de imposição e tenta consolidar seu espaço.
Mesmo assim, Mendes articula para que o União Brasil se alinhe ao projeto construído ao lado do PL, numa tentativa de consolidar apoio e fortalecer a candidatura de Pivetta nas eleições do próximo ano.