Abilio nega ruptura com Mauro e reafirma apoio a Medeiros como candidato ao Senado
Redação
Partido
O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), esclareceu nesta quinta-feira que não retirou o apoio à possível candidatura do governador Mauro Mendes (União) ao Senado em 2026. A polêmica surgiu após um atrito envolvendo Mendes e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), o que levantou especulações sobre um possível afastamento político.
Em entrevista à rádio CBN Cuiabá, Abilio afirmou que suas declarações foram interpretadas de forma equivocada. Segundo ele, o que houve foi apenas a reafirmação de que o PL tem um nome consolidado para disputar o Senado: o deputado federal José Medeiros.
“Não disse em nenhum momento que retirei apoio ao Mauro Mendes. Apenas deixei claro que o Medeiros é o nosso candidato definido, e o partido deve aguardar mais um tempo antes de formalizar qualquer posição nas convenções”, explicou.
Apesar de aliados confirmarem que o ex-presidente Jair Bolsonaro — atualmente em prisão domiciliar — pretende apoiar Mendes e Medeiros ao Senado, Abilio ponderou que deseja ouvir do próprio líder do partido antes de qualquer declaração definitiva.
“Não consegui conversar com Bolsonaro ainda. O que afirmo é que o Mauro vai ter que esperar um pouco para que o partido se manifeste oficialmente”, disse.
O ex-presidente tem recebido visitas políticas autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. Medeiros, inclusive, tem encontro marcado com Bolsonaro no dia 2 de dezembro.
Embate político
Sobre o conflito recente entre Mauro Mendes e Eduardo Bolsonaro, Abilio adotou uma postura equilibrada, ressaltando que mantém boa relação administrativa com o Governo do Estado, mas seu alinhamento político permanece com o PL.
“Se me perguntam de forma direta: ‘Abilio, de que lado você está?’ Eu estou do lado do PL, sempre estive”, afirmou.
A tensão começou em 7 de novembro, quando o governador Mendes rebateu Eduardo Bolsonaro após o parlamentar criticar Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo. Na ocasião, Mendes chamou o deputado de “louco” e disse que ele estava “falando merda” ao defender o aumento tarifário anunciado por Donald Trump durante viagem aos EUA.
Com o cenário eleitoral ainda indefinido e as relações políticas em ebulição, o PL deve intensificar as conversas internas antes de oficializar a chapa que defenderá em 2026.