Maysa alerta para riscos à segurança escolar e cobra retorno de vigilantes de pátio
Redação
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A vereadora Maysa Leão (Republicanos) usou a tribuna da Câmara Municipal de Cuiabá na manhã desta terça-feira (18) para chamar atenção para a crescente vulnerabilidade de estudantes das redes estadual e municipal, especialmente após a retirada dos vigilantes de pátio – profissionais fundamentais para a supervisão e segurança dos alunos nos momentos de intervalo e circulação nas escolas.
Durante o pronunciamento, Maysa destacou um precedente jurídico recente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que condenou uma escola ao pagamento de danos morais por bullying sem exigir laudo psicológico para comprovação do sofrimento da vítima.
“É um entendimento histórico: o tribunal reconheceu que, em casos graves, o dano psicológico é presumido. A vítima não precisa provar aquilo que é evidente diante da violência sofrida. Esse posicionamento deve servir de alerta para todo o país”, afirmou.
A parlamentar lembrou que Mato Grosso tem enfrentado episódios severos dentro das escolas, incluindo agressões físicas graves, casos de alunas esfaqueadas e situações que chegaram a colocar vidas em risco. Para ela, a ausência de vigilância adequada, especialmente após o fim dos contratos estaduais em 2025, agrava o cenário.
“Hoje, nossos alunos circulam sozinhos dentro e fora das escolas. O caso do Rio Grande do Sul ocorreu porque menores foram deixados desacompanhados em uma sala fechada por um longo período. Isso não pode acontecer aqui. É extremamente inseguro, principalmente para meninas e para estudantes com deficiência”, alertou.
Maysa Leão informou ainda que encaminhou um ofício à Secretaria de Estado de Educação (Seduc) solicitando o imediato retorno dos vigilantes de pátio e a implementação de uma política efetiva de prevenção e combate ao bullying, com foco em ações de supervisão, acolhimento e mitigação de riscos.
“Precisamos garantir ambientes seguros. Prevenir violência é responsabilidade de todos, mas começa com estrutura, presença e supervisão”, concluiu.