Lula quer levar Enem a países do Mercosul e ampliar acesso ao ensino superior
Redação
ACESSO
O governo federal planeja dar um passo inédito na internacionalização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A partir de 2026, a prova poderá ser aplicada em três capitais do Mercosul — Buenos Aires, Montevidéu e Assunção — para atender brasileiros que vivem fora do país e estrangeiros interessados em ingressar em universidades nacionais.
O anúncio foi feito pelo ministro da Educação, Camilo Santana, que afirmou que a iniciativa atende a pedidos discutidos em reuniões do bloco sul-americano. A aplicação seria feita em língua portuguesa.
O ministro citou a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), em Foz do Iguaçu, como uma das instituições preparadas para receber esse público. No entanto, o governo ainda avalia o potencial de candidatos para definir como será a distribuição de vagas.
O presidente do Inep, Manuel Palácios, explicou que o instituto vai estudar a demanda e definir se o modelo adotado será digital ou impresso. A análise deve ser concluída até março de 2026, antes da abertura das inscrições do exame.
Além disso, o Enem passará a substituir o Saeb na avaliação dos estudantes do 3º ano do ensino médio. A mudança tem objetivo de tornar o diagnóstico da educação básica mais fiel à realidade, já que o Enem é o exame ao qual os alunos mais se dedicam.
O modelo unificado seguirá valendo tanto para ingresso no ensino superior quanto para certificação do ensino médio.