Deputada diz que prisão de ex-chefe do INSS marca início da justiça
Redação
Passo Decisivo
A deputada federal Coronel Fernanda (PL-MT) afirmou que a prisão do ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, representa um passo decisivo no trabalho da CPMI do INSS. A parlamentar, que propôs e preside a comissão, declarou que a operação confirma o avanço das investigações sobre o que ela classifica como um dos maiores esquemas de fraudes contra aposentados e pensionistas já identificados no país.
Stefanutto é suspeito de envolvimento em um esquema bilionário de desvios. “É o início da justiça sendo feita e demonstra a efetividade do trabalho da CPMI”, disse a deputada nesta quinta-feira (13).
No mesmo dia, a comissão aprovou requerimento de autoria da parlamentar para que Câmara dos Deputados e Senado atuem como amicus curiae na ADPF 1.236, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). O objetivo é que o Congresso participe da discussão sobre o acordo firmado entre o governo federal, o INSS e outras instituições, que trata das regras de ressarcimento a beneficiários que tiveram descontos indevidos. A intenção é ampliar a transparência, aumentar prazos e garantir que nenhum aposentado seja prejudicado.
Para Coronel Fernanda, a prisão do ex-dirigente reforça que a CPMI está cumprindo seu papel ao expor irregularidades no sistema previdenciário. “A CPMI revelou o modus operandi do maior esquema de corrupção dentro do INSS. A estrutura começou a desmoronar, e nós vamos até o fim”, declarou.
A deputada destacou ainda que muitos beneficiários sequer sabem que têm direito à restituição. Segundo dados da AGU, mais de R$ 6 bilhões foram desviados e apenas R$ 2,4 bilhões foram devolvidos até agora.
Em tom crítico, Coronel Fernanda afirmou que o trabalho da comissão tem revelado a participação de integrantes do governo federal, do PT e de sindicatos nas irregularidades. Ela pediu que a sociedade continue acompanhando as investigações e cobrando respostas. “Propor essa CPMI exigiu coragem, e agora é hora de toda a população exigir justiça. O Brasil precisa retomar o caminho da verdade”, afirmou.
Além de Stefanutto, outras pessoas já foram presas no âmbito da operação, entre elas Vinícius Ramos da Cruz, Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Neto, Thaisa Hoffmann Jonasson, André Paulo Félix Fidelis, Tiago Abraão Ferreira Lopes, Cícero Marcelino de Souza Santos, Carlos Roberto Ferreira Lopes e Samuel Chrisostomo do Bonfim Júnior. Antonio Carlos Camilo já havia sido detido anteriormente.