Gestão Moretti à beira do caos: pacientes podem ficar sem comida por calote milionário na Saúde
Carolina Miranda
FALTA DE GESTÃO
A crise na gestão da prefeita Flávia Moretti (PL) está prestes a ultrapassar qualquer limite razoável. Se já não bastassem as filas intermináveis, a desorganização administrativa e a falta de planejamento que marcam a Saúde de Várzea Grande, os pacientes internados, médicos e servidores podem ficar sem alimentação. A Festas e Artigos de Época Ltda, empresa responsável por fornecer refeições ao Pronto-Socorro Municipal e a todas as unidades vinculadas à Secretaria Municipal de Saúde, já avisou: sem pagamento, corta tudo no dia 15.
A notificação foi protocolada no início dessa semana, revelando um calote milionário de R$ 4.891.968,45, acumulado, em sua esmagadora maioria, pela atual gestão. A empresa diz que foi obrigada a contrair empréstimos para continuar servindo as refeições, e que agora chegou ao limite.
Caso a prefeita não pague, a interrupção atinge diretamente quem está mais vulnerável, como os pacientes internados; profissionais que trabalham em plantões cansativos; equipes que dependem desse serviço para manter o atendimento funcionando.
Nos bastidores, a apuração revela que apenas R$ 900 mil são restos a pagar da gestão anterior. O restante, R$ 3.991.968,45, foi acumulado por Flávia Moretti e sua equipe, que agora tentam justificar a bomba à beira da explosão. E o mais curioso é que, nos contratos da empresa com outras secretarias, Obras, Serviços Públicos e Guarda Municipal, os pagamentos estão em dia.
Ou seja: o descontrole está concentrado na Saúde, justamente a área que mais exige responsabilidade.
Questionada, a Secretaria Municipal de Saúde soltou uma nota burocrática, fria e evasiva: “A demanda está sendo analisada.”
Nota na Íntegra:
A Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande informa que a demanda está sendo analisada e que a empresa será formalmente respondida dentro do prazo estabelecido.