RJ cobra apoio federal após operação recorde
Redação
Confrontos
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), declarou nesta terça-feira (28) que o estado precisou agir sem suporte direto do Governo Federal durante a grande operação realizada nos complexos do Alemão e da Penha. A ação, marcada por intensos confrontos, resultou na morte de ao menos 128 pessoas — número que faz desta a maior ofensiva policial no estado desde 2010.
Castro afirmou que pedidos de veículos blindados às Forças Armadas foram rejeitados anteriormente, sob o argumento de que só seriam liberados em caso de GLO (Garantia da Lei e da Ordem), mecanismo que depende de autorização presidencial. O governador reforçou que a situação ultrapassa a capacidade do estado e que a integração com forças federais deveria ser maior.
Apesar das críticas, ele relatou que o ministro da Casa Civil, Rui Costa, entrou em contato e demonstrou disposição para apoiar ações futuras. O governador garantiu que não se trata de disputa política, mas de necessidade diante do avanço do crime organizado.
O Ministério da Justiça, por sua vez, informou que já atua no Rio desde 2023 com a Força Nacional e outros órgãos federais, destacando dezenas de operações contra tráfico de drogas, armas e roubo de cargas, além de investimentos em segurança pública no estado.
Castro também afirmou que a operação seguiu os protocolos da ADPF 635, que regula ações policiais em comunidades, e contou com acompanhamento do Ministério Público. Segundo ele, as equipes concentraram os confrontos em áreas de mata para reduzir riscos à população. Além das mortes, drogas e armas foram apreendidas durante a ofensiva.