Estudante de Direito é suspeita de envenenar quatro pessoas e cães
Redação
INVESTIGAÇÃO
A estudante de Direito Ana Paula Veloso Fernandes, de 35 anos, é apontada pela polícia como responsável por uma série de mortes por envenenamento ocorridas em Guarulhos (SP) e Duque de Caxias (RJ). As investigações indicam que ela teria matado ao menos quatro pessoas e envenenado dez cachorros com chumbinho, supostamente para testar os efeitos do veneno antes de aplicá-lo nas vítimas.
Segundo o Ministério Público, Ana Paula não agiu sozinha. Ela teria contado com a ajuda da irmã gêmea, Roberta Cristina Veloso Fernandes, e de Michelle Paiva da Silva, ex-colega de faculdade e filha de uma das vítimas. As três estão presas preventivamente.
Em nota ao Estadão, a defesa das irmãs afirmou que pretende colaborar com as investigações e garantir o respeito aos direitos das acusadas.
Mortes sob investigação
De acordo com o delegado Halisson Ideiao Leite, do 1º Distrito Policial de Guarulhos, Ana Paula e Roberta alugaram uma casa nos fundos do imóvel de Marcelo Hari Fonseca, encontrado morto no local em 31 de janeiro. As irmãs acionaram a PM e alegaram ter encontrado o corpo, mas a perícia apontou sinais de envenenamento.
Outro caso atribuído à estudante é o de Maria Aparecida Rodrigues, que ela conheceu por meio de um aplicativo de relacionamentos. A mulher foi encontrada morta em 11 de abril, também em Guarulhos. A investigação aponta que Ana Paula tentou incriminar a esposa de um policial militar, com quem havia se envolvido, enviando um bolo envenenado e um bilhete anônimo aos colegas de faculdade.
Em outro episódio, o tunisiano Hayder Mhazres, ex-namorado da estudante, teria sido morto após tomar um milk-shake envenenado. Ana Paula ainda fingiu estar grávida do estrangeiro para obter dinheiro da família dele.
A estudante também é investigada pela morte de Neil Corrêa da Silva, pai de Michelle Paiva, encontrado sem vida em Duque de Caxias, em 26 de abril, após comer uma feijoada preparada pela suspeita.
As autoridades acreditam que Ana Paula mantinha um padrão de comportamento calculado, alternando manipulação emocional e uso de veneno em alimentos e bebidas. O caso segue sob investigação, e novas vítimas podem ser identificadas.