Moraes mantém prisão domiciliar de Bolsonaro e cita risco de fuga
Redação
Pedido negado
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido da defesa de Jair Bolsonaro para revogar a prisão domiciliar e outras medidas cautelares.
Na decisão, Moraes afirmou haver “fundado receio de fuga do réu” e “reiterado descumprimento de cautelares”, justificando a manutenção da medida “para garantir a ordem pública e a aplicação da lei penal”.
Bolsonaro está em prisão domiciliar preventiva, com tornozeleira eletrônica, por suspeita de obstrução de Justiça e ameaça ao Estado Democrático de Direito. A investigação apura se ele ajudou o filho, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), a tentar convencer o governo dos Estados Unidos a aplicar sanções contra autoridades brasileiras.
Entre as restrições impostas, Bolsonaro não pode usar celular, acessar redes sociais, receber visitas sem autorização do STF nem manter contato com diplomatas estrangeiros.
A defesa alegou que não há base para manter as medidas, pois a PGR não o denunciou no inquérito de obstrução, mas o ministro rejeitou o pedido.
Bolsonaro também foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado, mas a sentença ainda não é definitiva, pois há recursos pendentes.