Brunini endurece discurso e promete ir à Justiça contra eventual greve na Saúde
Redação
Decisão
O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), afirmou nesta sexta-feira (10) que não vai tolerar paralisações de servidores municipais da saúde em protesto contra a suspensão do pagamento do adicional de insalubridade. Segundo ele, qualquer movimento grevista será imediatamente contestado na Justiça e poderá resultar em penalidades aos participantes.
“Se tiver greve para eu descumprir o que está previsto na lei, na hora a gente vai entrar na Justiça e derrubar a greve”, declarou o prefeito. “E ainda vamos penalizar todos aqueles que participarem do processo. Eu não vou penalizar o paciente lá na ponta por causa de uma questão política. A questão de direito está prevista na lei”, completou.
A declaração de Abilio ocorre no mesmo dia em que o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) atendeu a um pedido da Prefeitura e prorrogou até o final do ano o prazo para regularização dos pagamentos referentes ao adicional de insalubridade.
O prefeito reforçou que a paralisação seria considerada ilegal. “Geralmente, a greve se dá para que o prefeito cumpra a lei. Mas, nesse caso, estão ameaçando fazer greve para que eu descumpra o TAC. Isso não tem cabimento”, afirmou, em referência ao Termo de Ajustamento de Conduta firmado entre o município e o Ministério Público, homologado pelo Tribunal de Justiça em dezembro de 2023.
Durante a intervenção estadual na saúde de Cuiabá, autorizada pela Justiça em dezembro de 2022, uma auditoria constatou o pagamento irregular do adicional de insalubridade a servidores sem direito ao benefício. O relatório apontou prejuízo mensal de R$ 4,1 milhões aos cofres públicos, o que representaria até R$ 48 milhões por ano.
O documento foi assinado pelo então interventor estadual na saúde de Cuiabá, o procurador do Estado Hugo Fellipe Martins de Lima.